O Carnaval nem começou e já está na hora de trocar presentes com o amor da sua vida. Certo? Errado. Se for para comemorar o Dia dos Namorados – ou o Valentine´s Day – no Brasil vai ser preciso esperar até 12 de junho. Em boa parte do resto do mundo, porém, é nesta terça-feira (14) o dia de trocar juras de amor (no resto do ano também, mas vai que os casais precisam de uma data especial para marcar o romance).
O Valentine´s Day é uma alusão a São Valentim, um valente e popular servo do senhor que chegou a ser torturado por pregar o amor. A lenda, no entanto, surgiu até antes dele, com uma festa romana que era realizada no distante século IV a.C. em homenagem ao deus Lupercus. A festança conhecida como festa de Lupecalia já acontecia em fevereiro e era uma forma das pessoas pedirem proteção e abundância nas colheitas e – por que não – no amor?
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Pois nessa festa, era costume colocar os nomes das mulheres em um jarro para que os homens pudessem escolher suas companheira nos bailes. O festival perdurou por mais de 800 anos e é contado de várias formas através da história. A mesma história que guarda provas de que o festival foi extinto em função do cristianismo: no lugar dos nomes das mulheres, a igreja passou a colocar o nome dos santos. Valentim substitui Lupercus nessa homenagem.
Ele foi uma espécie de “defensor do amor” naqueles tempos de ira e ódio (não muito diferente de hoje) em que até os soldados eram proibidos de casar para não sentirem saudades de casa. Valentim, no entanto, continuava a celebrar os casamentos, a despeito das ordens superiores. Chegou a ser preso e receber inúmeros bilhetes e recados de jovens que ainda acreditam no amor e viam nele uma salvação para que esse sentimento fosse celebrado sem culpa.
Tudo isso pode ser só lenda, mas lendas também revelam costumes. E para quem quer acreditar em um pouco de romance, há ainda a história de que antes de morrer, no dia 14 de fevereiro de 269 d.C, Valentim, preso e solitário, teria se apaixonado por uma moça cega, a filha do guardião, fazendo com que ela voltasse a enxergar ao lhe entregar uma derradeira carta de amor assinada como “Seu eterno Valentim”.
Em várias partes do mundo, a história transformou-se em data para comemorar o amor. Por aqui, a data é celebrada no dia 12 de junho, em referência ao dia de Santo Antônio (comemorado dia 13), um santo casamenteiro bem brasileiro. Independente do lugar no mundo e ao sol, porém, todos os dias são dias de celebrar o amor. Na próxima terça-feira (14) também.