A banda Terminal Guadalupe lançou neste final de semana mais um single do novo álbum (Agora e Sempre) que será lançado em breve, o primeiro de inéditas após 11 anos. “A Flor de Drummond” mostra a fé que os músicos tem se que o Brasil ainda pode superar o “tédio, o nojo e o ódio”, um dos trechos mais marcantes do novo trabalho do quarteto.
Este é o segundo single lançado em 2022. O primeiro foi no final de março e se chama “¿Qué Pasa, Cabrón?”, um mantra punk em cúmbia (ritmo típico da Colômbia).
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No novo trabalho, a referência ao poema “A Flor e a Náusea”, de Carlos Drummond de Andrade, é explícita. Assim como aquela flor furou o asfalto, a banda mantém a esperança de que o país possa se redimir em meio a “ruína, cinzas e pó”. Segundo a banda, a massa sonora da música combina um riff que remete ao britpop e o baixo mais insinuante da discografia da banda a uma batida segura e bem ajustada, adornada por ruídos eletrônicos que acentuam a dramaticidade da canção.
“Foi como juntar a estrutura tradicional de uma canção com elementos de música experimental, um exercício que trouxe uma das canções mais importantes da história da banda”, disse o guitarrista Allan Yokohama.
Gravada em diferentes cidades no Brasil e na Europa, onde vivem 3/4 dos integrantes, e lançada pelo selo Loop Discos, “A Flor de Drummond” reforça o tom crítico do álbum “Agora e Sempre”, a ser lançado nos próximos meses.
Produzido por Iuri Freiberger e Allan Yokohama, que também divide a voz com Dary Esteves Jr., “A Flor de Drummond” traz novamente o baixista Marcelo Caldas e o baterista Fabiano Ferronato, além da contribuição de Rodrigo Lemos nos teclados.
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Quer ouvir a nova do Terminal Guadalupe? Acesse o link e baixe em uma das plataformas de streaming, ou clique no player abaixo.
Letra de “A Flor de Drummond”
Música: Allan Yokohama
Letra: Dary Esteves Jr.
Eu vou contar até três
Para você renascer
Um drama não vem de cada vez
O que pode suceder?
Ruína, cinzas e pó
Há muitas cruzes no seu jardim
Tudo é um ressentimento só
Isso precisa ter fim
Quem diz que nada havia a se fazer
que era “tocar a vida e se safar”
Nunca amou você
E a barbárie pôde se instalar
Talvez ninguém mais saiba o que restou daqui
Além do tédio, o nojo, o ódio e o “e daí?”
Você ainda vai nos redimir
Nos despedimos em ondas
É sempre devastador
O gabinete das sombras
Era um circo de horror
Quem diz que nada havia a se fazer
Que era “tocar a vida e se safar”
Nunca amou você
E a barbárie pôde se instalar
Talvez ninguém mais saiba o que restou daqui
Além do tédio, o nojo, o ódio e o “e daí?”
Você ainda vai nos redimir.

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