Sempre Família

Saiba como identificar se sua família está sob alto nível de estresse

Dicas para não deixar que o estresse chegar na família
É normal famílias brigarem entre si, mas é importante observar os sinais para evitar o estresse. Foto: Freepik

Estresse faz parte da vida de muita gente e nem é estranho de ouvir que alguém está passando por isso. Só que às vezes, uma pessoa, mesmo sem intenção, consegue contagiar toda a família e quando percebe, a casa toda está um caos. O importante é conseguir identificar os sinais para resolver esse problema ou buscar ajuda quando isso não é possível.

Só de ouvir o portão de casa abrir, a mãe e as filhas gêmeas, já ficavam nervosas porque sabiam que o pai estava chegando. Ele lidava com o processo de falência da empresa e estava tão estressado que a família toda passou a sentir o mesmo. Foi quando decidiram procurar ajuda da psicóloga Vanessa Barbieri. “Quando a casa vira depósito de frustrações, raiva e energia negativa, a gente percebe que o ambiente fica disfuncional. O lar deixa de ser um ambiente em que me sinto seguro”, diz ela.

Imunidade baixa

E essa falta de segurança emocional pode dar sinais físicos. “As pessoas da família começam a ficar doentes. Os pais com muitas dores no corpo e filhos gripados com muita intensidade. Isso tudo porque estão muito fragilizados”, esclarece Vanessa.

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Eneida Souza, terapeuta de família e consultora de Philips Avent, também ressalta esse aspecto do organismo. “O corpo fala o que não consigo colocar para fora”, afirma. Lesões pelo corpo, doenças autoimunes e machucados frequentes podem estar diretamente ligados a situações estressantes.

Alimentação ruim, consumo de álcool e/ou cigarro

Ficar angustiado com frequência é outro sinal para ficar alerta. Seja com um nó na garganta ou no estômago, o corpo dá sinais de que precisa de uma pausa, de acordo com Eneida. A falta de apetite também pode estar vinculada ao estresse, assim como o consumo de álcool e o tabagismo.

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Sono desregrado

Dormir pouco – ou menos do que o corpo necessita – ou dormir mal e ter dificuldade para se concentrar também são sinais de que algo não vai bem. “Se eu vou contra meu organismo, vou estourar em alguma coisa”, destaca Eneida, que também ressalta a importância de fazer a higiene do sono e se preparar para dormir.

Uso excessivo de eletrônicos

Ficar distante dos equipamentos eletrônicos antes de ir para a cama é uma dica da terapeuta, que também é enfermeira. Eneida chama a atenção para o longo tempo exposto a tablets, smartphones, computadores, videogames. “Eu busco no eletrônicos uma maneira de me desconectar dos problemas, mas produzo outros”, orienta. Se todos passam horas demais hipnotizados pelas telas, é melhor começar a repensar essa prática. Esse afastamento é benéfico a todos, como explica Vanessa. “As pessoas começam a não gostar de estar juntas, casa um fica no seu quarto, nesse distanciamento. Individualidade é natural, mas quando é muito recorrente é preocupante”, afirma a psicóloga.

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Irritação e desorganização da rotina

Quando falta paciência para lidar com as tarefas diárias ou quando tudo parece desorganizado, em uma casa que normalmente lida bem com rotina, o estresse pode estar presente. “Se o gerenciamento dentro de casa sobrecarrega uma das partes, também não é legal. Temos que ajustar a rotina e a realidade”, ensina Vanessa.

Comunicação inadequada

Dicas para não deixar que o estresse chegar na família. Foto: Freepik

E é por isso que a comunicação é a chave de tudo. “Começa a sair faísca, as pessoas não se comunicam de forma adequada e tudo é gatilho para discussão”, comenta a psicóloga. O autoconhecimento também a ajuda a colocar as questões importantes em pauta, para Eneida. “Se eu me conheço sei que consigo usar recursos internos. Se isso está ficando frequente e não estou dando conta, tenho que procurar ajuda”, conclui.

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