Nem sempre visto como um amigo das mulheres, o sutiã tem ficado mais tempo nas gavetas durante essa pandemia do coronavírus. Por causa do isolamento social e do home office, muitas deixaram a peça de lado nos últimos meses para ficar mais confortável em casa. Mas afinal, ficar sem usar sutiã pode acelerar a queda das mamas?
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De acordo com a médica mastologista do Laboratório Frischmann Aisengart, Maria Julia Calas, a firmeza da mama está ligada aos músculos da região peitoral e ligamentos de sustentação. “A mama tem músculos e quanto mais atividade para desenvolver essa musculatura, mais firme, independente do sutiã”, explica a médica.
A mama, segundo a mastologista, tem ligamentos de sustentação que vai da pele ao plano muscular. “Com a idade e com a gravidade, a mama vai caindo naturalmente. Isso é fisiológico e vai ocorrer independente da mama, se tiver filhos, se amamentar, se usar ou não sutiã”, esclarece a especialista.
Engordar durante esse período da pandemia tornou-se muito comum, principalmente pela diminuição da atividade física e pelas crises de ansiedade que fizeram muita gente comer mais que o habitual. Segundo a médica, quem engordou nos últimos meses pode ter notado a mama cair. “Se não tiver uma musculatura que sustente, a mama pode cair por causa da gordura”, afirma. Por isso, manter a boa postura e a atividade física são fundamentais.
Outros fatores também estão ligadas a queda das mamas, como a perda de colágeno, hormônios e qualidade de pele. “Fazer uma reposição hormonal no período da menopausa pode preservar a mama e o corpo como um todo”, orienta a médica.
Usar sutiã causa câncer?
A médica mastologista faz um alerta para uma informação falsa que anda circulando pelas redes sociais: a ligação do uso do sutiã com o câncer de mama. “Seja preto, branco, com arame, com lycra, de renda, largo, como top, nenhum sutiã da face da Terra causa câncer de mama”, afirma. A peça, que é importante no vestuário feminino, deve ser visto como aliado. “Se está desconfortável é porque o modelo é errado”, esclarece.