Domingo de sol em Curitiba pede um belo churrasco. E mesmo que os tempos sejam de isolamento social e pandemia de coronavírus, dá para preparar uma boa carne em casa, só com a família.

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Para preparar um churrasco bem feito e ir treinando para quando os encontros com os amigos voltem ao normal, é possível aprimorar a arte de churrasquear. Descubra quais são os cinco erros mais comuns na hora de assar carne, de acordo com especialistas do Clube da Carne e restaurantes Las Tablas, em Curitiba. Confira:

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Carne marmorizada

Preparar um bom churrasco começa no processo de escolha da carne. Independentemente do corte, preste atenção na gordura e procure as carnes com gordura entre as fibras, o chamado marmoreio. Fuja das gorduras com tom muito amarelo forte, que significa carnes mais velhas e, portanto, menos macias.

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Hoje está mais fácil encontrar diferentes tipos de cortes nos açougues. Antes havia só os franceses mignon e entrecôte. Agora já é comum achar cortes argentinos e uruguaios como ojo de bife, bife de chorizo e bife ancho. A última fronteira são os americanos prime rib e rib eye.

O espanhol ojo de bife, por exemplo, é equivalente ao inglês rib eye. O célebre t-bone é chamado na Itália de bistecca alla fiorentina, e por aí vai. Em comum esses cortes têm o fato de serem retirados da lombar do boi, uma porção que vai da segunda a 12.ª costela do animal. A parte dianteira do lombo, entre a segunda e a sexta costela, é denominada entrecôte; a traseira, que vai até a 12.ª costela, é o contrafilé.

Foto: Pixabay.

Tempero na medida

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Cada tipo de carne pede um tempero diferente. O carneiro, por exemplo, precisa ser marinado, de preferência um dia antes de ser levado ao fogo. Outras carnes, como fraldinha, alcatra e picanha, podem ser temperadas apenas com sal grosso. Embora hoje “não exista uma regra única” para o uso do sal.

Atualmente tem gente que prefere o sal de parrilla, com moagem intermediária, nem tão grosso como o sal grosso e nem tão fino quanto o refinado. Com ele, nem precisa bater a carne como se faz com o sal grosso. Se optar pelo uso, a forma correta de utilizar o sal é colocá-lo poucos minutos antes de ir para a churrasqueira, salpicando em cima do corte de forma homogênea até cobrir toda a peça.

Forma e tempo de grelha

O tempo de grelha vai depender essencialmente da espessura do corte. Quanto maior, deverá ficar mais tempo na churrasqueira. O ideal é mudar o lado da peça apenas uma vez, não várias vezes. Para os espetos, é necessário ficar virando constantemente para que asse de forme uniforme.

É preciso levar em conta algumas informações preciosas, como “nunca” tirar a gordura antes de colocar a carne para assar e não salgar as bovinas com antecedência.

Distância do fogo

A distância entre a grelha e a brasa também depende do tamanho do corte. Para os menores, deve ser mais próxima, de aproximadamente 15 centímetros. Para os maiores pode chegar a 40 centímetros. A costela, por exemplo, deve ficar a cerca de 70-90 cm de distância da brasa, em fogo médio, com os ossos para baixo. Demora de 2h30 a 3 horas para ficar pronta, no caso da ripa.

Ponto

Os pontos de grelhar os cortes são basica­men­te três: malpassado, ao ponto e bem passado. Alguns cortes, como o bife de chorizo, a picanha e a alcatra, segundo os especialistas, são indicadas para serem servidas malpassadas. Já costela e cupim, por exemplo, devem estar, no mínimo, ao ponto. Os cortes como picanha, miolo de alcatra e steak (contrafilé) têm uma capa de gordura e, por isso, devem ser seladas (colocadas na grelha) também em todas as dimensões, não somente dos lados de cima e de baixo.