Depois de estrear com a aclamação do público nas revistinhas em 2019, Milena, a nova integrante da Turma da Mônica, chegou às prateleiras de todo o Brasil. Criada para inspirar a representatividade e o empoderamento, a personagem chega negra num contexto social importante e não aborda somente inclusão e tolerância, mas também a responsabilidade em relação aos animais.

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Produzida em vinil, a boneca tem 25 centímetros de altura, pele negra, cabelos crespos e roupas coloridas. Essa é a primeira edição do brinquedo, cuja personagem estreou com protagonismo nos gibis de Mauricio de Sousa há dois anos. Já nas primeiras histórias, Milena trouxe o exemplo, acolhendo animais de rua e chegando com personalidade forte à turminha, apesar de ser nova no grupo.

A recém lançada boneca de Milena, que entra para coleção Turma da Mônica Clássicos, produzida em parceria com a Sid-Nyl, atende a mais um pedido da fandom dos quadrinhos. Em entrevista concedida ao UOL no lançamento da personagem, em 2019, a diretora executiva da Mauricio de Sousa produções, Mônica Sousa, endossou o sucesso de Milena. Segundo Monica, a resposta imediata nas redes sociais foi surpreendente, o que indica o anseio do público por um personagem da cor preta. Veja aqui uma opção de compra da boneca Milena.

Minoria

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Um levantamento da ONG Avante, por meio da ação Cadê Nossa Boneca, apontou que, de todas as bonecas disponíveis hoje no mercado, apenas 6% são negras o que, de acordo com especialistas, é um problema, já que a autoidentificação é fundamental para a autoestima das crianças já nos primeiros anos de vida. Por isso, é cada vez mais importante que as empresas do segmento atentem-se para que brinquedos que se pareçam fisicamente com as nossas crianças estejam disponíveis.

Para o especialista em marketing digital, Luciano Renan da Silva, a iniciativa veio em boa hora. “Quando observamos artistas com a referência e magnitude de Maurício de Sousa dando destaque a um personagem da cor preta, como Milena, estamos falando na forte influência que isso tem sobre as crianças de toda uma nação”, explica. Segundo Luciano, a ação é mais que acertada, pois desmonta preconceitos e normaliza cada vez mais a representatividade. “É ainda mais relevante quando falamos em histórias em quadrinhos, que são mecanismos nos quais a mensagem é entregue de forma lúdica, no contexto de histórias infantis, o que torna o processo natural como deve ser”, ressalta.