O livro “Cruz Machado – Os Mistérios da Vida Noturna de Curitiba” terá uma nova edição lançada em junho deste ano. A obra é do jornalista André Rogal Wuicik, 27 anos, e foi lançada originalmente no final de 2018. O livro narra a história de uma das principais ruas da boemia curitibana, contando sobre o seu surgimento, auge e personagens que fizeram história na vida noturna da cidade.
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Segundo Wuicik, a segunda edição será viabilizada por novos patrocinadores. O livro esgotou-se em poucos meses após o seu lançamento, que ocorreu no restaurante Pantera Negra – Gato Preto, um dos principais redutos dos frequentadores da Cruz Machado em todas as épocas. “Desde então, sempre houve solicitações para que o livro fosse impresso mais vezes e disponibilizado em outros pontos de venda de Curitiba”, disse o autor.
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Ainda de acordo com ele, foi motivado por estes pedidos – e pela oportunidade de uma boa leitura nesta época de pandemia de coronavírus (covid-19) e proibição de baladas – que momento para uma segunda edição foi escolhido. O conteúdo original será mantido. “Não é exagero dizer que a vida noturna não existe atualmente e que vai demorar muito até voltarmos a ter algo parecido com antigamente. Quem viveu a Cruz Machado foi privilegiado e tem história para contar. Então, já que estamos impedidos de sair, resta lembrar das boas memórias de quando Curitiba era referência nacional em vida noturna e tinha gente do país inteiro buscando inspiração aqui”, explica.
Cruz Machado já foi o ‘point’ da noite de Curitiba
Pouca gente sabe, principalmente os mais novos, que ainda não completaram os 30 anos, que a Rua Cruz Machado, no Centro de Curitiba, já foi o “point” da noite curitibana e era referência em diversão adulta na década de 80. Boates, com músicas de vários gêneros, bebidas, garçons amistosos e garotas de programa, se espalhavam ao longo de todo seu percurso, que vai da Rua Visconde de Nacar até a Praça Tiradentes.
Era nesta rua que tudo e todos se encontravam (os quarentões ou mais vão lembrar). O jornalista André Wuicik decidiu resgatar esse lado B da noite curitibana para eternizar momentos, desmistificar lendas e confirmar a fama da região. O livro “Cruz Machado - Os Mistérios da Vida Noturna de Curitiba” é um mergulho no passado.
André conta que sempre saiu com amigos bem mais velhos, que falavam animados sobre as coisas vividas naquela região. O autor, que gosta muito de cinema, diz que vê na Cruz Machado muito dos submundos de filmes antigos, como Taxi Driver (1976) ou Perdidos na Noite (1969). Assista à entrevista do autor concedida para a Tribuna do Paraná, nos Caçadores de Notícias.
Com a ideia do livro na cabeça, ele foi descobrir quem eram os donos das boates da região e descobriu vários deles, principalmente o Aldo Cardoso, que até os 30 anos era trabalhador braçal, graniteiro de profissão. Cardoso acabou arrendando um restaurante no Parolin, o transformou em dançante com música sertaneja, viu que deu certo e foi arrendando outras várias casas noturnas. Acabou dono da maioria delas na Rua Cruz Machado, como Lidô, Metrô, Baila Comigo, Flicks, entre muitas outras. A primeira que ele criou neste endereço foi a Viva Maria.
As histórias de Aldo e outras são contadas no livro que tem 152 páginas. Na nova tiragem, a obra será comercializada consignada em livrarias e comércios diversos de Curitiba, ou encomendado diretamente com o autor pelo e-mail andre.wuicik@gmail.com e pelo perfil pessoal do Facebook André Rogal Wuicik. O valor de cada unidade é de R$40,00 e a previsão de chegada da nova tiragem é para o final do mês de junho.
O livro será da Editora Ithala e conta com fotos de Rogério Rocha, diagramação de Cassiano Fonsaca e apoio da Arteiro Produções, Associação Atlética do Banco do Brasil e Detalhes Moda.