Maravilha do Mundo

Lenda curiosa das Cataratas do Iguaçu é tema de espetáculo de dança em Curitiba

Imagem mostra encenação de espetáculo de dança em Curitiba
Lenda das Cataratas voltam ao palco do Guairinha, em Curitiba. Foto: Cayo Vieira

De 14 a 16 de março, o tradicional palco do Guairinha, em Curitiba, receberá o espetáculo “A Lenda das Cataratas”, uma montagem da Curitiba Cia. de Dança, que reestreia com nova coreografia, marcando os dez anos de história da companhia. 

Com direção e concepção de Nicole Vanoni, o espetáculo é inspirado na lenda indígena sobre a formação das Cataratas do Iguaçu – um dos pontos turísticos mais importantes do Paraná -, e combina dança clássica e contemporânea para contar a emocionante história de Naipi e Tarobá, dois jovens apaixonados, cuja coragem e sacrifício deram origem à grandiosidade das águas.

“Esse foi o primeiro grande espetáculo que estreamos em 2014. Agora, 10 anos depois, trazemos a releitura dessa linda história, com coreografias inéditas e uma parceria especial com a Sanepar, marcando também o Mês Mundial da Água e promovendo conscientização ambiental, em uma celebração da arte e da água como fonte de vida, cultura e história”, comenta Nicole.

Com apresentação do Ministério da Cultural – Governo Federal e da Saneparo espetáculo tem nova coreografia assinada por Jaime Bernardes e traz dois convidados conhecidos do segmento como protagonistas, o dançarino paulista Vitor Rosa, no papel de Tarobá, e a carioca Marta Batista, como Naipi. 

Ingressos para espetáculo ‘A Lenda das Cataratas’

As apresentações de “A Lenda das Cataratas” ocorrem às 20h, nos dias 14 e 15 de março, e às 18h, no dia 16 de março. Os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos com valores a partir de R$25 (meia-entrada) + taxa adminstrativa. Mais informações pelo site www.curitibaciadecanca.com.br ou pela rede social oficial: Instagram | @curitibaciadedanca.

História do espetáculo

O espetáculo de dança contemporânea tem como inspiração a lenda indígena que conta a formação das Cataratas do Iguaçu: antes de tudo, o rio Iguaçu era calmo e corria sem nenhuma catarata. Nas margens do rio existia uma tribo de indígenas Caingangues, que adorava o deus Tupã e seu filho, deus Mboi, um deus em forma de serpente que vivia nas águas do rio Iguaçu. Os indígenas da tribo ofereciam como sacrifício para o deus Mboi as Virgens mais belas da tribo, até que certo dia, Naipi, filha do cacique Igobi, uma indígena dona de uma beleza tão grande que as águas do rio paravam toda vez que ela se olhava nele, foi escolhida para ser destinada ao deus Mboi.

Durante o ritual de consagração de Naipi para o deus cobra, enquanto o cacique e pajé bebiam o cauim (bebida de milho fermentado), o jovem guerreiro Tarobá, que era apaixonado por Naipi, fugiu com ela dentro de uma canoa pelo rio. Ao saber da fuga, Mboi ficou furioso e penetrou nas entranhas da terra, se contorcendo e produzindo uma enorme fenda que acabou formando as cataratas. Naipi e Tarobá são envolvidos pelas águas e nunca mais foram vistos. A lenda ainda diz que Naipi foi transformada na rocha central das cataratas, a qual é constantemente açoitada pelas águas revoltas do rio Iguaçu, e Tarobá foi transformado em uma palmeira que está na ponta de um abismo, pendendo sobre a garganta do rio.

Abaixo da palmeira existe uma gruta onde o deus vingativo Mboi vigia eternamente os dois amantes vítimas de seu ódio, que estão presos tão próximos um ao outro, mas sem poder estar realmente juntos.  A lenda fala acima de tudo sobre o amor, inocência, pureza e emoção.

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