Vendo a foto atual, talvez seja difícil lembrar deles. Isaac, Taylor e Zac Hanson tiveram uma ascensão meteórica no fim dos anos 199o. Fizeram muito sucesso entre a garotada e criaram uma legião de fãs por todo o mundo. Claro, três irmãos novinhos, loiros e cabeludos multi instrumentistas chamaram a atenção e o pop rock chiclete grudou nos ouvidos da turma da escola.

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MMMBop’ foi o primeiro grande hit do trio norte-americano, que logo estourou também com os sucessos ‘If Only‘ e ‘Save me‘ – que virou até tema de personagem da novela global Laços de Família (2000). A banda já vendeu mais de 15 milhões de cópias pelo mundo todo.

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Acredite agora, os irmãos comemoram 30 anos de carreira! E claro que os vocais de meninos deram espaço para um novo rock super bem feito. O último álbum Red Green Blue (2022) foi produzido junto com o vencedor do Prêmio GRAMMY®, o produtor/engenheiro/mixer Jim Scott (Tom Petty, Red Hot Chili Peppers, Wilco) e o vencedor do Prêmio GRAMMY®, Artista/Produtor David Garza (Fiona Apple, Midland). 

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Três décadas de Hanson são celebradas agora em turnê pelo mundo, que passa também pelo Brasil e mais especificamente por Curitiba no próximo dia 12 de outubro. Em entrevista exclusiva para a Tribuna, o irmão mais novo Zac Hanson – hoje aos 36 anos e pai de cinco filhos – falou sobre os novos trabalhos, a turnê e também de produção musical. Confira a seguir:

Zac Hanson. Foto: Jonathan Weiner / divulgação.

Tribuna – Esta será a primeira vez que vocês irão tocar em Curitiba. Os fãs de Curitiba estão esperando por esse momento há 30 anos! Vocês fizeram parte da juventude de muitas pessoas por aqui.

Zac – Que legal! É uma ótima maneira de conversar uma entrevista. Durante toda essa turnê, vamos para cidades que nunca visitamos antes e vai ser ótimo. Reunir todos vai ser algo maravilhoso.

Tribuna – O novo álbum de vocês Red Green Blue foi muito esperado e imagino que o show vai ser incrível. Quais são as expectativas para o show?

Zac – O álbum Red Green Blue é um tanto quanto único. Nós o produzimos como um time, estamos na estrada há 30 anos. Sempre buscamos maneiras diferentes de nos aprofundar naquilo que produzimos. E este álbum em especial desconstrói algumas das muitas coisas que nos fazem ser Hanson. Esperamos que as pessoas percebam o quanto nós mudamos durante todos esses anos.

Nos shows, nós pensamos primeiro nos fãs. Quando criamos o setlist, pensamos não só no que gostaríamos de tocar, mas também no que os nossos fãs gostariam de ouvir. Então, quando vamos a um lugar que tocamos a cada ano, tocamos músicas diferentes das que tocamos quando vamos para um lugar pela primeira vez.

Nosso show em Curitiba será um mix de músicas mais novas e antigas. São músicas da fase mais nova do Hanson, músicas da fase Middle of Nowhere (1997), do nosso último álbum Red Green Blue, do álbum Against the World – lançado no ano passado, é um mix.

Tribuna – Trinta anos de carreira é muita coisa! E vocês não são mais os mesmos de quando começaram. Quais mudanças musicais vocês tiveram durante esses anos?

Zac – É algo difícil de dizer porque 30 anos é uma vida inteira. O caminho que procuramos fazer, o que fizemos, nós não tentamos ser algo incrível, nós fomos vivendo. A música de quando eu tinha 11 ou 12 anos, ela foi crescendo naturalmente junto comigo durante a minha vida. Então, não sinto que tenha mudado radicalmente, porque ela continua crescendo e vem sendo somada a cada ano que passa com novas habilidades, novas experiências.

Eu acho que, de uma maneira positiva, as histórias de vida ficam cada vez mais profundas. Há sempre fases da vida que nos representam e que você permite que seus fãs, que crescem junto com você, se sintam conectados. A gente não escreve música como um personagem, a gente escreve como humanos, e toda a nossa experiência fica refletida em tudo que fazemos.

Os três irmãos em 1997, no começo da carreira. Zac, Taylor e Isaac Hanson. Foto: divulgação.

Tribuna – E me conta sobre seu gosto musical. Ele mudou?

Zac – Eu não sei se mudou, eu acho que ela faz parte da maneira de como eu faço música. Tem algumas gravações que são circunstâncias de anos e anos fazendo aquilo. Eu tenho 100% de orgulho de tocar músicas que gravei anteriormente, mas o que eu estou querendo dizer é que algumas músicas poderiam ter sido enriquecidas.

Nós falamos para o público e, no meu caso, eu também tenho que pensar que vou deixar um legado para meus filhos, o que eu vou dizer e como eu vou falar sobre o mundo. Isso tem mudado a maneira como eu tenho feito música. E, você sabe, Deus tem sido uma inspiração muito profunda.

Tribuna – Qual é a melhor e a pior parte de se trabalhar entre irmãos, em família?

Zac – Então, é interessante isso, porque sinceramente eu tenho trabalhado com meus irmãos durante muito tempo por esse motivo eu não tenho uma outra perspectiva de como seria trabalhar sem eles. Eu acho que a nossa relação é cheia de coisas boas. Muitas pessoas dizem “eu nunca trabalharia com meu irmão”. Mas sabe, de certa maneira nós também não [risos].

Nós somos sortudos. Eu acho que é mais uma combinação de perspectivas. Nós fazemos música e ao mesmo tempo sabemos que cada um conhece o seu lugar. Cada um sabe do seu lugar na banda. Como músicos, nós descobrimos isso naturalmente porque nossos instrumentos encontram seus lugares. A bateria não ocupa o lugar da guitarra, a guitarra não ocupa o lugar piano. Então, na relação da banda é a mesma coisa, na maneira como nos comunicamos, nos nossos trabalhos.

Tribuna – Pensando sobre a cena atual da música. Qual a sua visão? Ela mudou nesses últimos 30 anos.

Zac – Ela tem sido sempre boa e também sempre ruim. Existem coisas inovadoras e únicas, que inspiram por um momento, e também tem imitadores. E não são sempre as mesmas pessoas que ficam em evidência. Às vezes as pessoas começam e vão criando uma boa história, mas às vezes vão para outro caminho. Eu vou tentar não refletir muito sobre o trabalho das outras pessoas porque, você sabe, eu acho que tem algumas coisas que não são “Hanson” de dizer. [aqui, Zac fez um trocadilho com handsome, que significa “bonito” em inglês].

Tribuna – O que você tem escutado ultimamente? Alguma banda em especial?

Zac – Como músico, as pessoas esperam que eu escute música o tempo todo. E eu honestamente não sou um grande ouvinte de música, constantemente eu estou compondo. Especialmente em tempos como esse, em que estamos no meio de uma turnê, no avião durante muitas horas todos os dias. As poucas horas que restam, são para checagem de som, performances na televisão pela manhã. Então, fica inviável!

Tribuna – Neste último álbum Red Green Blue – que significa Vermelho Verde Azul – cada cor representa um irmão. Como foi essa escolha?

Zac – É uma pergunta interessante. Não fui eu que acabei escolhendo a cor. Eu me tornei ‘o azul’ desde muito cedo na minha vida, quando a nossa mãe começou a comprar coisas em cores para os três filhos. Ela tinha essa maneira de separar as minhas coisas com as do Isaac, com as do Taylor. Eram os três meninos mais especiais para ela no mundo.

Mas tem um lado interessante, um pouco que isso cresceu junto com a gente. Não sei dizer ao certo, porque cores são cores por onde a gente vai, mas o vermelho representa a paixão que o Taylor tem na música, na vida. O verde vem da autenticidade que o Isaac tem, eu acho também pela influência da música raiz que ele traz com ele, pelas mensagens que ele passa.

E eu, azul, revela um pouco da minha mente aberta, do céu azul, oceanos azuis, me faz pensar sobre o processo criativo. A aventura, não tanto as aventuras do mundo, mas sobre o processo criativo. Algo como ‘eu não sei como fazer isso, vamos aprender agora’. É isso, a maneira que me faz pensar para criar coisas.

Tribuna – Por fim, você tem alguma mensagem especial para os fãs? O que podemos esperar do show no dia 12 de outubro?

Zac – Provavelmente não será um spoiler, eu digo que será muito empolgante estar nessa turnê com esses dois últimos álbuns que lançamos recentemente, temos muita coisa para compartilhar. Também vamos celebrar nossos 30 anos juntos, então com certeza vamos cantar todas as músicas antigas: I Will Come to You, Save me, If Only, Thinking About Something…

Esse show será uns dos mais longos que já fizemos porque tem tanta música! Vai ser como uma festa, encontrar todos e estar juntos. É muito importante estar junto das pessoas, compartilhar e cantar junto. Tudo isso nos faz esquecer de todas as diferenças que existem, tons de pele, visões políticas, elas vão embora quando a gente canta e compartilha o momento. E isso nos lembra o quão semelhantes nós somos, nos lembra do amor ao redor de tudo.

Serviço

Data: 12 de outubro (quarta-feira) 
Local: Live Curitiba (Rua Itajubá, 143 – Novo Mundo) 
Horário: 21h 
Classificação: Livre 

Ingressos Online: www.uhuu.com 

Ponto de venda físico:                             
Quiosque Piso L4 (sujeito a taxa de conveniência)               
Endereço: R. Comendador Araújo, 731 – Batel, Curitiba – PR, 80420-000   
Horário de atendimento: Segunda a sábado das 12h às 20h e domingo das 14h às 20h. 

Descontos: 

50% Idoso: Lei Federal 10.741/2003 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto que comprove a sua condição. 

50% Estudante: Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015 – obrigatória apresentação de Carteira de Identificação Estudantil (CIE). 

50% Professores de ensino público e privado mediante a carteira de identificação, conforme lei Estadual 15.876/2008 

50% Portadores de Câncer, com o devido comprovante, conforme lei 18445 de 05/02/2015 

50% Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes: Direito a meia-entrada, conforme lei 12.933/2013, transcrita abaixo e Decreto 8.537 de 2015 

50% Pessoas com deficiência: (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar no 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto 

50% Doadores de sangue com carteira comprobatória de doação habitual, conforme Lei Estadual 13.964/2002.