Entrevista exclusiva

Flausino fala dos 25 anos do Jota Quest: “agora que tá ficando legal!”

rogerio flausino
Foto: divulgação.

Se você quer fazer uma festa bacana, para animar os convidados, aconselho você a colocar Jota Quest na playlist: ‘Planeta dos Macacos’, ‘Além do Horizonte’, ‘Do Seu Lado’.

Agora, se você se desentendeu com a cremosa, ou com o cremoso, escutar Jota Quest vai fazer as lágrimas rolarem. Os versos de ‘O que eu também não entendo’ batem lá no fundo. Mas poderiam ser também de ‘Dias Melhores’, ‘O Sol’, ‘Amor Maior’, ‘O Vento’. Tanto faz, vai pegar forte igual.

O Jota é assim, essa pegada de soul music e essa poesia toda em canções. São 25 anos de trajetória, nove discos gravados, Grammy Latino, três Rock in Rio na bagagem, turnês e turnês. Rogério Flausino conversou com a reportagem da Tribuna, ou melhor, bateu um super papo descontraído sobre a banda, a turnê JOTA25 – com show programado em Curitiba nesta sexta-feira (19). Ele é demais. Confere aí!

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Jota Quest 25 anos! Eu até estava brincando mais cedo hoje, 25 anos é Bodas de Prata. É um casamento!

Rogério Flausino – Um baita casamento, um casamento de cinco! Nossa Senhora! O bom é porque num casamento de dois, que é o mais normal de se ver por aí, quando o bicho tá pegando você não tem pra onde correr, né. No nosso, quando um tá muito chato, aí tem os outros pra ajudar. Tem com quem dividir a sua raiva, hehe.

E como é a relação de vocês? São 25 anos convivendo e eu acho que muita coisa tem mudado, de como vocês eram, de quando se conheceram. Tem D.R.? Brigas e reconciliações?

Rogério Flausino – Isso aqui é uma loucura, é uma terapia eterna. Eu digo que não é fácil, não foi fácil. Acima das individualidades, dos individualismos, que é uma coisa muito do ser humano, natural, a gente tem conseguido colocar o lance da banda em primeiro lugar. É como se esse lance, essa banda, esse Jota Quest, estivesse acima da gente. E dessa forma a gente tem conseguido evoluir. Acho que a gente tá aqui por isso. Por isso a gente tá celebrando. Você tem que celebrar as conquistas, que foram sendo reunidas ao longo desses anos todos. Já é mais que 25, são 27 do lançamento do primeiro disco, acabou virando 25 porque a pandemia empurrou tudo, mas são 27 do primeiro disco e mais uns anos de boteco – que é como a gente fala aqui em Minas.

Tá muito legal, tá muito lindo, porque a gente consegue se ver evoluindo. Evoluindo nos shows, evoluindo na composição. Hoje a gente sabe gravar melhor, a gente sabe tocar melhor, a gente sabe criar. Nós agora, com essa idade, tanto a idade pessoal como a idade da banda, estamos realizando o que sempre realizamos: um show energético, moderno, atual.

Começou em julho do ano passado a turnê 25. Esperamos passar a pandemia toda para começar, uma ansiedade absurda, e foi muito bem os primeiros seis meses. Agora vamos fazer mais uma rodada e vamos registrar. Então o registro tá chegando, estamos há exatos 30 dias da gravação do DVD que vai ser em Porto Alegre, no estádio Beira Rio. Vai ser a primeira vez que vamos fazer um show só nosso num estádio. A gente já tocou em estádios, já tocou em grandes festivais esse ano, mas a gente nunca fez isso só a gente.

O Nelson Motta falou do Jota Quest esse ano na sua coluna do Jornal da Globo. Ele até brincou que se o Jota se apresentar mais uma vez no Rock in Rio vai rolar vínculo empregatício, hehe.

Rogério Flausino – Foi uma surpresa do Nelson pra gente. Isso foi uma coisa incrível. Mais um Rock in Rio e a gente pode pedir música no Fantástico!

Quanta coisa o Jota já fez e, claro que vocês devem sonhar ainda com muita coisa. O que tem ainda planejado? Quais são os sonhos que a banda ainda pretende realizar?

Rogério Flausino – Tá muito bacana o momento, eu acho que depois que passa um tempo, um tempo grande desse, você começa a ressignificar a parada. Eu sei que essa palavra tá sendo muito usada, até banalizada, mas é isso, dar um novo significado. Você é jovem, você tem um ponto de vista. Quando você é mais velho, e a parada deu certo, o ponto de vista muda. Qual é o sonho? Continuar na caminhada fazendo tudo o que você sempre fez, melhor. Então você quer fazer um disco ainda melhor, você quer fazer uma canção mais especial, você quer fazer um show muito legal, a tal da experiência.

O que a gente mais gosta de fazer: estar num show, fazer um show. Então a gente tá batalhando muito pra isso. A Jota 25 é uma evolução até aqui, mas a partir daqui a 30 dias é mais um capítulo dessa turnê e o que tá sendo preparado é um negócio muito legal. A gente nunca teve nada nem parecido com isso.

A gente tem uma série de coisas que a gente programou para realizar. É um disco, é um projeto musical, o lance dos shows ficarem cada vez mais legais. E em cada um desses acontecimentos, você pode trazer pessoas que você admira para fazer contigo, novas parcerias podem acontecer no meio desse caminho, tanto da composição quanto em cima do palco. Tem um monte de coisa a caminho de acontecer.

Eu acho que é isso que a gente quer. Não é nada muito diferente do que a gente viveu. A gente quer tocar em lugares onde a gente não tocou, poder dar uma rodada legal muito afora, tocando para os brasileiros que estão espalhados pelo mundo inteiro, lugares onde a gente ainda não foi tocar, e tem tantos lugares onde a gente ainda não tocou e que a gente gostaria de ir.

Como é viver o Jota agora?

Rogério Flausino – O que a gente tá vivendo agora é muito diferente poque você não sabe o que é a energia de 25, 27 anos, quase 30 anos de pessoas que te acompanham e gostam das suas canções e etc., a energia que isso tem. Você só descobre isso quando você chega aqui. Você não tem como descobrir isso quando você tem 5 anos, 10 anos de carreira. 15 anos. É uma coisa completamente diferente. É uma energia completamente diferente.

A gente vê as grandes bandas do Brasil e do mundo vivendo isso. Você vai no show dos Rolling Stones, do U2, os caras que tem 30, 40, 50 anos de carreira, e você fica assim: “caraca mano, o que é isso”. Isso é a energia reunida de 30, de 40, de 50 anos de carreira. Então você só vive isso quando você chega aqui. E aí você vai parar? Não vou parar de jeito nenhum, mano. Agora que tá ficando legal!

A gente não consegue ver dois álbuns do Jota Quest parecidos, são sempre bem diferentes. Eu acho muito legal porque no meio de tudo isso tem aquele lado romântico que eu escuto e falo “isso é muito Roberto Carlos”. Mas também tem muita pegada soul, principalmente nos primeiros trabalhos de vocês. O que eu queria saber é se o Jota é mais Tim Maia ou mais Roberto Carlos?

Rogério Flausino – Hihihi! Cara, é muito louco porque a gente deveria estar usando referências das bandas de pop-rock pra frente, porque eu acho que nós somos filhos desses caras num primeiro momento. Mas somos netos de Roberto e Tim Maia. E por que os dois? Porque a somatória de Roberto e Tim Maia são a base. A primeira vez que o pop-rock fez sucesso no Brasil foi através do Roberto e da rapaziada ali da Jovem Guarda. Ele foi o ícone disso. Eu sei que os Mutantes já estavam ali, Caetano e Gil, a Tropicália aquele negócio, mas quem fez o Brasil cantar rock pela primeira vez foi Roberto. E o Tim Maia foi o cara que fez a galera cantar soul no Brasil pela primeira vez.

Nós somos essa banda. Filhos do rock, que em certa altura fosse diferente tocando black, soul, funk, disco A banda nasce assim. E aí, com o passar do tempo, a gente vai deixando outras influências chegarem. O Roberto, pra quem não acompanha, ele começa com “iê, iê, iê”, e no final dos anos 70 ele pira com a soul music e ele entra nisso aí. E ele vai, grava Tim, grava um monte de coisa. Então essa fase do Roberto muito nos interessa.

Eu acho que tem dois Jotas principais: esse Jota groove, soul, funk, e o Jota das canções. E essas canções às vezes são mais para o soul, são mais para o rock, e é essa mistura. Um pouco depois disso nasce o hip hop. então essa coisa dos samples, de você pegar batida e colocar uma parada em cima, a gente colocou, já tava preparado para fazer isso. A gente fez alguma coisa nesse sentido, não de rap mesmo, eu não sou um ‘rapeiro’. Acho bem legal, mas não tenho muito disso ali, mas essa cultura da colagem nos interessa. E a música eletrônica que chega no final dos anos 90, que eu sou um fã, gosto muito, já toquei como DJ e tal, e a gente se amarra nisso.

A MPB de uma forma geral me interessa muito. Eu acho que a parte poética, ela nasce ali. E aí entra para o rock. Você vê Cazuza, Renato, os caras, a galera dos anos 80 fez muito a minha cabeça, então na hora de escrever não dá pra fugir desses grandes letristas do Brasil. Jota Quest é esse caldeirão, é um pouco de tudo isso que a gente falou.

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E o novo disco, tem previsão de lançamento?

Rogério Flausino – É um disco muito legal, ele tá madurão. Era para ele ter saído, mas disco sempre atrasa um pouco. Esse tá atrasado pra caramba. Nós começamos a fazer ele antes da pandemia. Aí foi mudando tudo, aí quando foi agora ‘vamos olhar o disco de novo’. Olhamos para o que a gente tinha e vamos fazer tudo de novo. Fomos atrás do Rick Bonadio, que a gente conhece já há muitos anos, mas nunca tínhamos trabalhado com ele, e estamos curtindo muito.  A gente achou que poderia lançar ele antes do DVD, mas não deu. Vamos gravar o DVD agora, mas estamos nos finalmentes, mixando já, na reta final. Eu acho que sai em agosto. Pode ser um bom momento para lançar.

Serviço

Jota 25 – De Volta ao Novo

Data: 19 de maio de 2023

Local: Live Curitiba

Endereço: R. Itajubá, 143 – Novo Mundo, Curitiba – PR, 81070-190

Abertura dos portões: 20h

Classificação: 18 anos. Entrada de menores de 18 anos, somente acompanhado de responsável legal.

#Setores e Valores:

Pista Premium LOTE 02: a partir de R$ 99,00+ taxas

Bistro Nivel 3 LOTE 01: a partir de R$ 800,00+ taxas

Pista LOTE 02: a partir de R$ 54,00+ taxas

PCD LOTE 01: a partir de R$ 50,00+ taxas

Ingresso Onlinehttps://uhuu.com

Ponto de venda com taxa de serviço:

Bilheteria do Shopping Crystal

2º Piso do Shopping Crystal

Rua Comendador Araújo, nº. 731 • Quiosque no Piso L2

Batel • Curitiba • PR

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