Ele é o bom. É o bom na música, é o bom no bate-papo e muito simpático. O Tremendão Erasmo Carlos faz show em Curitiba na próxima sexta-feira (16) e conversou por telefone com a reportagem da Tribuna do Paraná. Um dos ícones dos anos 60 e 70, dos programas da Jovem Guarda ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa, Erasmo é o compositor de dezenas e dezenas de grandes sucessos.

continua após a publicidade

Com 81 anos e bisavô da pequena Lua, que completa um ano de idade já nesta quinta-feira (15), Erasmo lançou mais um novo álbum este ano. “O Futuro Pertence à…Jovem Guarda” traz oito sucessos do programa que se tornou movimento cultural e mudou o comportamento de vários jovens na época.

LEIA TAMBÉM:

>> 6º Festival de Carne de Onça de Curitiba começa nesta quarta; veja todas as receitas

continua após a publicidade

>> Curitiba terá Natal com atrações gratuitas, instagramáveis e 31 dias de programação

Quem for ao Teatro Guaíra nesta sexta-feira (16) vai cantar e dançar junto com o Tremendão os grandes sucessos como “Ritmo da Chuva”, “Alguém na Multidão”, “Esqueça”, Devolva-me”, “O Bom” e tantos outros sucessos. Erasmo, que tem um enorme carinho pelo seu público em Curitiba, confirmou que o show desta sexta será surpreendente. Confira a entrevista completa:

continua após a publicidade

Você lançou este ano o novo álbum “O Futuro Pertence à… Jovem Guarda”, nome no mínimo instigante. De onde surgiu essa ideia para o nome?

Erasmo – A minha intenção foi homenagear a frase, que foi dita pelo Lenin [revolucionário comunista e político russo da União Soviética]. Ele quis se referir as novas gerações que estão surgindo sempre, é a Jovem Guarda. É isso que ele quis se referir. E eu acho que a gente hoje não está tratando tão bem a Jovem Guarda, porque não estamos dando coisas básicas que eles precisam, como educação básica, cultura. Estamos sendo negligentes, precisamos cuidar do planeta para eles. Deus nos deu inteligência porque não deu asas pra gente. Temos que tentar melhorar o mundo, a vida, para os jovens, a Jovem Guarda.

Você é bisavô da pequena Lua, ainda pequenininha. Como é a sua relação com seus netos? Você troca ideia com eles a respeito de música, sobre sua juventude, sobre os tempos de Jovem Guarda?

Erasmo – Metade dos meus netos moram nos Estados Unidos. Inclusive a neta, que eu não conheço, só por fotografia. Ela faz um ano depois de amanhã. Agora com ela, uma coisa que aumentou foi a minha responsabilidade. O preço do Danoninho tá muito caro. Por isso continuem baixando meus discos, minhas músicas nas plataformas digitais preferidas de cada um.

Eu fui uma peça de transformação da sociedade e tive a capacidade de fazer história. Mas eu, na época, não tive consciência disso.

Erasmo Carlos

Por falar em plataformas digitais, você acompanhou toda essa mudança de tecnologia. Antes, os artistas faziam sucesso com a venda de discos e com os shows. Hoje isso mudou. Tem os downloads, a internet. Como você se adaptou a tudo isso?

Erasmo – As mídias vão surgindo, e você vai se adaptando, né. Estamos nos adaptando junto com outros artistas. E a coisa pode mudar de repente. Agora não é mais assim, é assado. Quem tá na chuva é pra se molhar, tem que estar ligadíssimo.

São muitos sucessos seus, que embalaram a juventude de muita gente, de muitos casais. A trilha sonora dos meus pais certamente é da Jovem Guarda. Como é a sensação de ter feito parte da vida, dos namoros, das alegrias de tanta gente?

Erasmo – Foi uma coisa de vivência. Eu fui vivendo essa época. Eu acho que nasci na época certa, no tempo certo. Eu fui uma peça dessa transformação da sociedade e tive a capacidade de fazer história. Mas eu, na época, não tive consciência disso. Eu fui curtindo a minha vida, minhas coisas, conhecendo as novidades todas. Hoje, analisando, eu fico muito grato com tudo que aconteceu. Fico feliz de ter estado presente neste momento especial.

Eu vi esses dias no seu Twitter que você explicou o por que do apelido “Tremendão”. Ele veio do nome de uma grife de roupas que você tinha? Como foi essa história?

Erasmo – Foi por causa da grife que eu tinha. Quando a Jovem Guarda voltou, o programa era patrocinado. Os Beatles tinham a Apple, que lançavam produtos da banda. A minha grife chamava Tremendão. Era uma marca de roupas, chapéu, sapatos. Eu era o garoto propaganda e de tanto fazer comercial, fui ganhando esse apelido.

Sua relação com o Roberto Carlos é e sempre foi muito carinhosa. Esses dias mesmo, você fez uma pausa na turnê e foi assisti-lo. E vi que você se emocionou no show. Como é a relação de vocês hoje, com Roberto, Wanderléa?

Erasmo – A gente se fala hoje em dia pelas redes sociais. A gente se fala muito, principalmente em dia de Natal, Ano Novo, aniversários. De vez em quando dá saudade, outro telefona. É uma manutenção dessas amizades. A gente não se vê todo dia como era antes. Como cada um tem a sua vida, é complicado. Então é melhor ficar assim, está ótimo.

Serviço

Erasmo Carlos em Curitiba

Data: 16 de setembro de 2022 (sexta-feira)

Local: Teatro Guaíra (R. XV de Novembro, 971 – Centro)

Horário: 21h

Ingressos: Os ingressos variam de R$ 120,00 a R$ 340,00 de acordo com o setor e modalidade escolhidas

Vendas: Disk Ingressos (Ventura Shopping – de segunda a sexta, das 11h às 22h, aos sábados, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h, Call-center Disk Ingressos (41) 33150808 (de segunda a sexta, das 9h às 22h, e aos domingos, das 9 às 18h), na bilheteria do Teatro Guaira (de terça a sábado, das 12h às 21h)

**Entrega em domicílio com taxa de entrega

Classificação: Livre

Realização: CULT! Produções e o Instituto Res Publica