Cerca de 200 pessoas se reúnem desde as 10h desta sexta (21) no foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro para se despedir da cantora Elza Soares, que morreu aos 91 anos na quinta (20). O velório, em um primeiro momento restrito a familiares e amigos, segue aberto para as homenagens de fãs da artista até às 14h.
Atrás do caixão, sete coroas de flores dividem espaço com integrantes da velha guarda da Mocidade Independente de Padre Miguel, escola de coração da cantora. Após uma bandeira do Clube de Regatas do Flamengo ser estendida sobre o seu corpo, o público puxou uma salva de palmas em honra à artista.
O prefeito Eduardo Paes (DEM), que anunciou nas redes sociais que decretaria luto de três dias na cidade pela “perda dessa grande carioca”, esteve no local pela manhã e destacou a relação da cantora com a cidade. “Todos nós estamos tristes, mas é dia de celebrar a vida dessa mulher, a força que nasce das periferias e da mulher negra”, disse.
Mais cedo, Vanessa Soares, neta mais velha de Elza, comentou o legado da avó, que teve oito filhos, oito netos e seis bisnetos. “Minha mãe deixa como legado mulheres fortes. Famílias de mulheres fortes.”
Pedro Loureiro, empresário da artista, lembrou que o último desejo de Elza, gravar um derradeiro DVD na carreira, foi cumprido, dias antes de morrer, nos dias 17 e 18 deste mês. “Ela estava muito bem de saúde e teve performances fantásticas”, disse.
Os fãs aguardam a entrada no teatro em fila indiana, sob sol forte. Para evitar aglomerações, entram um a um no teatro e logo cedem a vez para o próximo se despedir da cantora. Todos usam máscara, e todos os portões do Municipal estão abertos, permitindo a ventilação no local.