Inchaço nas pernas, hematomas na pele e muita celulite. Estas são as queixas mais frequentes em mulheres que sofrem com lipedema, distúrbio crônico que costuma surgir durante a puberdade, gestação, menopausa ou em alguma situação de muito estresse. Mas, como diferenciar as famigeradas “celulites” com o lipedema?
O bioengenheiro e linfoterapeuta Daniel Zucchi esclarece que o distúrbio se caracteriza pelo aumento simétrico do tecido gorduroso nas pernas, também podendo acometer os braços.
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Com mais frequência entre as mulheres, o lipedema é uma doença genética que provoca um acúmulo anormal de gorduras de tecido adiposo nas pernas. Isso ocasiona um edema que comprime os vasos linfáticos e sanguíneos. O curioso é que este inchaço não atinge os pés.
Já a celulite é considerada uma doença de depósito, isto é, depositam-se tecidos a mais nos membros inferiores e que podem acumular gordura ou líquido e dar o aspecto celulítico. A questão hormonal é um fator agravante – períodos como gestação, menstruação, uso de anticoncepcional – podem provocar uma desregulação hormonal que desencadeia o processo de celulite.
No entanto, ao contrário das celulites, o lipedema pode ser doloroso ao toque, e costuma poupar regiões do corpo como mãos, pés e tronco. “Estima-se que 10% das mulheres têm lipedema. No entanto, é uma doença subdiagnosticada e pouco investigada, apesar de causar um impacto psicológico imenso. As mulheres que estão com o distúrbio escutam frases do tipo: isso é normal!; é genético; ou mesmo que estão obesas”, comenta Zucchi.
De acordo com o especialista, o mal pode ser resolvido com ajuda de profissionais capacitados em linfoterapia associada à técnica de eletroterapia. “Já tratei muitas vezes de lipedema com muito sucesso. Os resultados são bem satisfatórios e aparentes. Isso eleva a autoestima das mulheres!”, concluiu o linfoterapeuta.