Adriana Calcanhotto tirou o fôlego de quem foi ao Teatro Guaíra, em Curitiba na noite desta última sexta-feira (06). Em homenagem forte e cheia de sentimento à amiga Gal Costa, Calcanhotto apresentou o repertório do tributo “Coisas Sagradas Permanecem”, com canções consagradas da baiana.
“Baby” e “Meu nome é Gal” logo deram o tom o espetáculo, marcado por grande entrega de Adriana Calcanhotto – que contava aos poucos com carinho da amiga entre as canções. O tom nostálgico se deu com “Folhetim”, “Volta” – de Lupicínio Rodrigues e “Nuvem Negra” – música gravada por Gal, em parceria de Djavan e Chico Buarque.
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A presença marcante de Gal não estava apenas nas músicas e na profunda homenagem de Adriana Calcanhotto. Um pequeno banquinho em madeira maciça, que foi companhia da baiana durante sua turnê “Fatal”. Calcanhotto contou no show que a atual dona do banquinho, Juliana Cristina, viajou do Rio de Janeiro até Curitiba, com o banquinho no avião, para que o objeto carinhoso estivesse presente no palco do Teatro Guaíra.
O repertório de sucessos seguiu carregado de sentimentos: “Índia”, “Solitude” e “Negro Amor”. “Vapor Barato” foi o auge do espetáculo, com a delicadeza da voz de Calcanhotto e pesadas guitarras distorcidas.
E mais uma vez, como uma forte expressão de quem era Gal, Adriana Calcanhotto repetiu a atitude da amiga no palco. Desabotoou a camisa de linho que vestia e deixou seus seios livres – protesto político ‘sagrado’ de Gal e que permaneceu.