No Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, diversos casais saem para comemorar e, sem dúvidas, o símbolo do coração sendo relacionado ao amor é visto de muitas formas. A ciência mostra que a paixão entre duas pessoas vai além do romance e envolve uma interação interessante entre o coração e o cérebro. As emoções que sentimos, desde o frio na barriga do primeiro encontro até a tranquilidade de um relacionamento estável, são resultados de uma parceria em que o coração e o cérebro trabalham juntos.

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Embora seja amplamente aceito que o cérebro é o comandante das nossas reações emocionais, ainda há questionamentos sobre o papel do coração nesse cenário. Por isso, descubra a complexa ligação entre esses órgãos quando se trata de emoções!

A relação entre o amor e o coração

De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano, é possível observar efeitos do sentimento de amor no coração, mas eles são passageiros e não causais. “A saúde emocional está muito relacionada ao funcionamento do coração, pois, por exemplo, durante sentimentos positivos, há a liberação de hormônios do bem-estar, como a serotonina e a dopamina, que contribuem para manter a pressão arterial mais regular, reduzindo também o estresse, o que afeta positivamente o coração”.

Mas, segundo o cardiologista “esses efeitos não são tão relevantes a ponto de causar algum mal, gerando apenas sensações de bem-estar, as famosas ‘borboletas no estômago’. Ou seja, o coração não está ligado à ‘criação’ do sentimento, esse processo é dirigido pelo cérebro, mas a parte emocional gera impactos em todo o corpo, no sistema nervoso, imune e também circulatório”, complementa Roberto Yano.

Cuidar das emoções é importante para evitar problemas relacionados à saúde cardiovascular (Imagem: Cast Of Thousands | Shutterstock)

Efeitos das emoções na saúde cardiovascular

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Uma saúde emocional desregulada pode afetar bastante a saúde cardiovascular, principalmente quando causam estresse e ansiedade, aumentando a pressão arterial. Em casos extremos, em especial quando a pessoa já tem uma cardiopatia prévia, pode causar até mesmo um infarto.

“Quando alguém está sob forte emoção, o corpo sofre uma grande descarga de adrenalina, um hormônio que aumenta o nível de glicose, eleva a frequência cardíaca, aumenta a pressão arterial e libera outras substâncias estimulantes, o que expõe o coração a um enorme estresse”.

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Por sua vez, “esse estresse causado em situações de grande emoção, positiva ou negativa, em pessoas saudáveis pode causar apenas um leve desconforto, como após um susto, por exemplo, e em pessoas com problemas cardíacos graves pré-existentes pode levar até a um infarto agudo do miocárdio”, alerta o Dr. Roberto Yano.

Por Adriana Quintairos