Apesar de incomodar muitas pessoas por uma questão estética, a gordura acumulada no abdômen vai muito além disso. Ela pode causar sérios problemas para a saúde, inclusive para pessoas magras com gordura localizada nessa região. No entanto, o risco é maior para os portadores de diabetes.
“Uma cintura larga pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas no coração, prejudicar a circulação sanguínea, acumular gordura no fígado e outros órgãos internos”, explica a nutricionista Karen Oliveira. Além disso, a gordura abdominal pode produzir hormônios que aumentam as inflamações em todo corpo e prejudicam a cicatrização de feridas.
“A gordura em excesso, especialmente a de origem animal, faz com que as células não consigam se conectar com a insulina, prejudicando a absorção de glicose. Quando isso acontece, a glicemia aumenta e o órgão que ficou com ‘fome’ de glicose acaba ficando fraco e pode até parar de funcionar. Os órgãos mais frágeis são os olhos”, alerta Karen Oliveira.
Cuidado com a circunferência do abdômen
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a medida da circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres, por exemplo, indica risco de doenças ligadas ao coração.
“Acima desse valor existe um risco de desenvolvimento de complicações metabólicas (doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, colesterol alto, gordura no fígado etc.). Acima de 88 cm para mulheres e 102 cm para homens, o risco está muito aumentado”, alerta a nutricionista.
Como manter os níveis de glicemia adequados
A melhor forma de saber se a gordura abdominal está em um nível considerado ideal para a saúde é por meio de uma avaliação com um especialista. “O cuidado com a gordura abdominal se estende às pessoas com o IMC (índice de massa corporal) dentro do normal, pois pode existir um acúmulo maior de gordura do que de massa magra. Por isso, é importante também fazer a análise da porcentagem de gordura corporal”, recomenda a nutricionista Liara Kerber.
Para manter os níveis da glicemia e o peso adequados, aposte em uma alimentação rica em fibras e procure se alimentar de 3 em 3 horas.