Variedades

6 erros comuns para evitar no cuidado com os bebês

Alguns cuidados são importantes para garantir a saúde do bebê (Imagem: NDAB Creativity | Shutterstock)

Eles são fofos, pequenos e indefesos, e muitas pessoas não sabem exatamente o que esperar quando os bebês chegam. Os recém-nascidos podem ser desafiadores para os pais de primeira viagem, mas não só para eles. Não por acaso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) tem uma série de guias disponíveis on-line sobre os muitos cuidados necessários com os pequenos. 

“Informar-se sobre práticas seguras de manejo dos recém-nascidos é uma boa maneira de se preparar para a chegada deles”, diz Gislayne Souza Nieto, neonatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo. Ouvir a voz da experiência – e, principalmente, da ciência, nesse caso – garante um ambiente inicial mais seguro e acolhedor para os bebês. 

A seguir, a especialista pontua seis erros comuns que as pessoas ainda cometem com recém-nascidos e como você pode evitá-los. Confira! 

1. Roupas demais 

Os bebês parecem muito vulneráveis e o primeiro instinto pode ser protegê-los com o maior número de camadas possível. Mas, atenção: colocar muitas roupas neles não é indicado. “O número ideal é o mesmo que os pais estão usando mais um. Assim, se a mãe estiver com uma calça e uma camiseta, o bebê ficará bem usando calça, camiseta e jaqueta, por exemplo. Não é preciso – e pode ser perigoso – superaquecer os pequenos”, diz Gislayne Souza Nieto.

2. Cobertores, travesseiros e protetores de berço 

Jogos de berço costumam ser lindos, mas tente resistir ao impulso de comprá-los – a menos que você os retire do berço antes de colocar a criança nele. Qualquer item solto dentro da cama é um risco em potencial para o bebê, porque ele pode puxá-lo para o rosto e se sufocar. 

“Nem mesmo os cobertores são indicados antes que a criança aprenda pelo menos a rolar. Em vez disso, dê preferência a sacos de dormir, que funcionam como uma camada a mais de roupa para proteger do frio das madrugadas”, aconselha a especialista. 

3. Dormir durante a amamentação 

Um recém-nascido exige muitas horas de vigília, o que deixa as mães exaustas. Além disso, hormônios ligados à amamentação, como a prolactina, podem fazer com que elas fiquem ainda mais sonolentas durante a amamentação. Mas é muito importante que as mulheres evitem dormir enquanto amamentam porque isso pode trazer o risco de derrubar o bebê. 

“Tente encontrar uma posição confortável, de preferência em uma superfície segura, como uma poltrona de amamentação. As almofadas de amamentação também ajudam a reduzir o risco de queda nesses momentos”, pontua a neonatologista. 

Mãe com bebê no trocador
É importante nunca deixar o bebê sozinho, mesmo que seja por pouco tempo (Imagem: Monkey Business Images | Shutterstock)

4. Deixar o bebê sozinho 

Não importa quão bonzinho seu bebê seja, nunca o deixe sozinho. Essa dica é ainda mais importante em momentos cruciais, como o banho ou a troca de fralda. No primeiro caso, o risco de afogamento é muito sério e, no segundo, o risco de queda é o problema. 

“Muitos pais só descobrem que o bebê sabe rolar quando ele rola para fora do trocador, por exemplo. Estar o tempo todo por perto, garantindo a segurança e o conforto do bebê, é fundamental para que ele cresça com saúde”, afirma Gislayne Souza Nieto.

5. Deixar chorar 

Pessoas mais velhas podem te aconselhar a deixar o bebê chorando para não o tornar dependente dos pais. Todavia, essa é uma crença antiga e ultrapassada. A recomendação atual é de nunca deixar o bebê chorar de propósito. “Bebês não sabem se autorregular emocionalmente e não sabem ‘fazer manha’, como muitas pessoas ainda acreditam. Deixá-los chorar pode causar muito estresse nos pequenos, o que não é saudável”, diz a especialista. 

6. Compará-lo com outros bebês 

“O filho da minha amiga dorme a noite toda”, “meu pai comentou que eu também não comia”, “fulano já sabe engatinhar” – o universo de comparações às quais um bebê pode ser submetido é infinito. Contudo, cada criança é única e esses comentários não farão o bebê se desenvolver mais rápido, mas apenas trazer frustração para os pais. 

Isso também vale para comparações entre a maneira de educar. “Embora o bebê precise atingir alguns marcos de desenvolvimento, cada um deles faz isso em um ritmo diferente e os pais precisam estar preparados para lidar com essa ansiedade. Procure seguir as orientações do pediatra do seu bebê e só se preocupe se ele sinalizar que algo pode não estar bem. Do contrário, aproveite o tempo com seu pequeno, porque ele passa muito rápido”, complementa Gislayne Souza Nieto. 

Por Enzo Feliciano

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna