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5 perigos das dietas restritivas para emagrecimento

Seguir dietas restritivas sem acompanhamento profissional pode causar danos à saúde (Imagem: Black Salmon | Shutterstock)

É fácil encontrar nas redes sociais vídeos em que pessoas compartilham dietas e técnicas de emagrecimento, prometendo resultados rápidos e eficazes. No TikTok, por exemplo, há mais de 10 milhões de vídeos indicando técnicas para perder peso. No entanto, é importante ressaltar que nem sempre essas abordagens são saudáveis ​​ou seguras.

Segundo um estudo realizado pela Universidade de Dublin em parceria com a MyFitnessPal, apenas 2% dos conteúdos divulgados na internet sobre planos alimentares são verdadeiramente benéficos à saúde, os outros 97,1% não possuem comprovação científica e não passam por uma pré-avaliação de especialistas na área.

Conforme o Dr. Silas Soares, médico especialista em saúde integrativa e funcional, “[…] muitas dessas dietas não são avaliadas por nutricionistas ou nutrólogos, elas são criadas por influenciadores que acham que entendem sobre o corpo humano, ou seja, podem ser prejudiciais à saúde já que não são estudadas corretamente”.

Além disso, segundo o profissional, a alimentação deve atender às necessidades específicas do paciente. “[…] Uma dieta pode funcionar para uma pessoa e não para outra. A reeducação alimentar não é algo universal, ela deve atender a necessidade de cada paciente, e isso só é possível com uma consulta a um especialista”, explica.

Por isso, a seguir, o médico elenca alguns dos principais riscos que as dietas restritivas podem causar ao corpo. Confira!

1. Efeito sanfona

Um levantamento feito pela Universidade de Vermont apontou que os conteúdos de alimentação, dieta e vida saudável estão criando uma cultura do emagrecimento tóxico. O estudo concluiu que o efeito acontece principalmente entre mulheres mais jovens e adolescentes, prejudicando a saúde mental e física. Além dos malefícios para o metabolismo, há um efeito rebote das dietas restritivas: o ganho de peso após um emagrecimento feito pelo corte completo de alimentos calóricos.

“O extremo não é benéfico ao corpo. O organismo tende a ficar mais lento após a ingestão de poucas calorias durante o dia, principalmente quando o paciente consumia muito mais antes de iniciar essa nova rotina. Ao finalizar a dieta com uma grande restrição, essa pessoa terá uma dificuldade muito maior para se exercitar, o que, consequentemente, dificulta a manutenção do peso após o emagrecimento. Dessa forma, há o efeito sanfona, com um reganho que pode superar a perda de peso alcançada”, afirma o especialista em saúde integrativa.

2. Hipotireoidismo

Essa queda de atividade do organismo também reduz os níveis do hormônio T3, produzido pela tireoide. A mudança de níveis hormonais da glândula pode provocar o hipotireoidismo, condição que faz com que o corpo ganhe peso com muito mais facilidade.

Mulher atlética comendo uma tigela saudável de muesli com frutas no chão da cozinha em casa
A alimentação pode controlar ou aumentar quadros de estresse (Imagem: Josep Suria | Shutterstock)

3. Aumento do estresse

Dietas muito restritivas também podem causar estresse. “O nível do cortisol também pode ser elevado com esse hábito alimentar. É comum que muitas pessoas fiquem estressadas ao fazerem dietas que não são balanceadas, seja porque elas estão constantemente com fome, já que estão ingerindo poucas calorias, ou porque não estão acostumadas a comer alimentos tão saudáveis, sem qualquer guloseima. Essa irritação acontece porque o cortisol, responsável por controlar o estresse, está completamente desregulado. Essa ação também gera o ganho de peso”, pontua o Dr. Silas Soares.

4. Deficiência nutricional

Os malefícios não ficam somente por conta do desequilíbrio hormonal, o médico também faz um alerta sobre a deficiência nutricional. “Essas dietas cortam diversos grupos de alimentos, principalmente fontes de carboidratos e as frutas, já que são vistos como muito calóricos. Mas o que muitas pessoas esquecem é que neles há diversas vitaminas e minerais. Sem essas fontes, há chances de desenvolver patologias, como fraqueza muscular, dores de cabeça constantes e queda de cabelo”, afirma o especialista.

5. Transtornos alimentares

Além das patologias citadas, o Dr. Silas Soares também ressalta o dano em relação à saúde mental. “Esse grande controle é prejudicial não só para o metabolismo. Cortar completamente guloseimas até mesmo em ocasiões especiais ou não se permitindo comer de vez em quando, comer muito pouco durante o dia, contar calorias de cada refeição, podem ser comportamentos relacionados a diversos distúrbios alimentares. Isso porque, em muitos pacientes, a alimentação está ligada à saúde mental. A grande preocupação com o controle de peso pode desenvolver a anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar”, finaliza o médico.

Por Beatriz de Mello

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