Nutricionista orienta

Cinco dicas para uma alimentação saudável na infância

A obesidade infantil é um problema crescente, aumentando os riscos de depressão, hipertensão e outros problemas de saúde (Imagem: OlesyaPogosskaya | Shutterstock)

A obesidade infantil é um problema que está crescendo e despertando a preocupação de especialistas em saúde ao redor do mundo. Crianças e adolescentes com excesso de peso enfrentam riscos elevados de depressão, hipertensão e diversos outros problemas.

É bem conhecido que a alimentação das crianças pode ser desafiadora, e fazer com que elas se sentem para comer alimentos saudáveis pode ser uma conquista. No entanto, a verdadeira vitória na nutrição infantil é estabelecer hábitos alimentares saudáveis que perdurem ao longo da vida.

Ensine bons hábitos alimentares desde cedo

Diversos estudos publicados no periódico americano Pediatrics mostram que os hábitos alimentares infantis são consolidados no início da vida, e quanto mais cedo conseguir que as crianças comam alimentos saudáveis, melhor para a saúde delas a longo prazo. Além disso, a nutrição delas é fundamental para o crescimento, desenvolvimento e saúde.

Mas o que mães e pais devem ter em mente é que a alimentação deles deve ser um espelho daquela que desejam para os filhos. Portanto, não adianta esperar que tenham uma alimentação saudável se eles mesmos não adotarem hábitos saudáveis.

Faça um planejamento da alimentação dos pequenos

Muitas vezes a correria do dia a dia faz com que pais e mães não façam um planejamento antecipado para oferecer opções saudáveis, mas é fundamental que isso aconteça ainda na infância, pois a tarefa poderá ser mais árdua com filhos crescidos.

Você pode encontrar informações sobre alimentação infantil no Guia Alimentar para a População Brasileira. Produzida pelo Ministério da Saúde, a publicação traz orientações para a promoção de uma alimentação adequada e saudável, tornando-se um instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional no país. É possível acessar um conjunto de recomendações que ajudam a promover a saúde das pessoas, desde a escolha correta dos alimentos, até a forma ideal de combiná-los nas refeições.

Ofereça frutas e vegetais às crianças

Um estudo realizado nos Estados Unidos sobre o consumo alimentar com mais de 3 mil bebês e crianças mostrou que eles não comiam frutas (27%) e vegetais (32%), e que batatas fritas eram o “vegetal” mais ingerido. Entretanto, é importante destacar que diversas pesquisas mostram que quanto maior for a variedade de frutas e vegetais que uma criança come no primeiro ano de vida, mais chances ela terá para gostar destes alimentos.

Mostrar o caminho para uma alimentação saudável para as crianças e todos os benefícios que isso pode trazer, como o desenvolvimento cognitivo, é uma grande tarefa. Porém, existem estratégias simples que contemplam criatividade, ação, persistência, exemplo e rotina que podem tornar isso possível.

Veja, a seguir, 5 dicas que podem ajudar a ensinar uma criança a comer de forma saudável.

1. Mantenha um cardápio variado

menina comendo comida saudável
Variar alimentos e ingredientes é importante para garantir que as crianças recebam todos os nutrientes necessários (Imagem: Oksana Kuzmina | Shutterstock)

A variedade na alimentação das crianças é muito importante para o crescimento saudável. Às vezes elas podem rejeitar determinado alimento, como a beterraba, em um primeiro instante, mas isso não significa que ela não goste desse alimento. É preciso oferecer outras vezes, e, de preferência, combinar com outro alimento que seja do agrado da criança.

Variar alimentos e ingredientes em cada refeição ajuda a garantir que a criança receba ampla gama de nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento ideal. As diretrizes nutricionais da Academia Americana de Pediatria, por exemplo, recomendam alimentar as crianças com vegetais, frutas, grãos, laticínios com baixo teor de gordura (após os 2 anos) e fontes proteicas de qualidade, incluindo carnes magras, peixe, nozes, sementes e ovos. Fica a dica!

2. Faça a criança sentir que é parte do processo

Ensiná-las a tomar decisões saudáveis e nutritivas, envolvendo-as no processo, aumenta a probabilidade de torná-las saudáveis na idade adulta. Uma ideia é levar a criança ao supermercado para que possa escolher algumas frutas ou vegetais. Torná-la parte do processo é fundamental para estabelecer hábitos duradouros. Outra maneira de inseri-la no processo é permitir que escolha pratos, copos e talheres divertidos durante o momento das refeições. Vale a pena tentar!

3. Não desista

Mais fácil falar do que fazer, certo? Mas é possível e vale a pena. É importante para que pais e mães mantenham a calma, e não barganhem, inventando mecanismos que na verdade boicotam o desenvolvimento de um hábito novo, como por exemplo, usar a sobremesa como recompensa de um prato limpo. É legal interagir com a criança no sentido de que ela não precisa limpar o prato ou gostar de tudo, mas pelo menos experimente cada um dos alimentos do prato.

4. Alimente-se da forma como você quer que as crianças comam

“Faça o que digo, não faça o que faço” não costuma funcionar muito bem com as crianças; especialmente quando se trata das refeições. Se você, por exemplo, tem o hábito de pular refeições, torna-se mais complicado fazer com que as crianças tenham horários regulares para comer. Ou até mesmo querer que comam frutas e verduras se esses tipos de alimentos não fazem parte de sua própria alimentação. Os pais devem comer regularmente, sentando-se para as refeições, e optando por uma ampla variedade de alimentos saudáveis para que o exemplo seja seguido pelas crianças de forma natural.

5. Sirva três refeições e dois lanches por dia

A correria do dia a dia e falta de apetite das crianças podem muitas vezes resultar em rotinas de alimentação que equivalem a algumas mordidas, uma única refeição completa, e passar por lanchinhos pelo resto do dia. Porém, uma rotina alimentar estruturada, que consista em três refeições e dois lanches por dia, pode tornar as coisas menos caóticas, manter as crianças bem alimentadas e ensiná-las que, se elas não almoçarem naquele momento, deverão esperar até a hora do próximo lanche.

Também é importante certificar-se de que cada refeição e lanche estejam repletos de alimentos saudáveis e integrais.

Por Patrícia Ruffo

Nutricionista e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott

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