Chás medicinais são, certamente, parte integrante de diversas culturas ao redor do mundo, com receitas transmitidas de geração em geração. O chá de erva-doce, por sua vez, feito a partir das sementes da planta Foeniculum vulgare, é um exemplo notável dessa tradição. Seu sabor suave e levemente adocicado não só proporciona conforto ao paladar, mas também oferece inúmeros benefícios à saúde. Abaixo, confira alguns deles!

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1. Ajuda com cólicas e gases

O chá de erva-doce se mostra eficaz para ajudar a aliviar cólicas e gases. Por conter substâncias carminativas, ele ajuda a relaxar o trato gastrointestinal e a expulsar o excesso de gases. Além disso, suas propriedades anti-inflamatórias reduzem a irritação do intestino, proporcionando alívio adicional.

2. Auxilia na digestão 

Esse chá estimula a produção de sucos gástricos, otimizando o processo de digestão e a absorção dos nutrientes. Além disso, contribui para a desintoxicação do organismo, promovendo a saúde do fígado e mantendo o sistema digestivo saudável. Para indivíduos com indigestão, esse chá oferece benefícios significativos.

“Os chás potencializam os benefícios específicos de cada planta e, com as catequinas, substâncias encontradas nelas, ainda ajudam no processo de desintoxicação”, afirma o farmacêutico homeopata Jamar Tejada.

3. Fortalece o sistema imunológico

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A erva-doce possui propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e antioxidantes. Por sua vez, a vitamina C, nutriente encontrado nessa erva, ajuda a fortalecer as defesas do corpo contra doenças e infecções. “A vitamina C atua diretamente nas nossas células de defesa e ajuda a combater os microrganismos causadores de doenças, fortalecendo nossos anticorpos”, afirma a farmacêutica Luciana Rocha.

4. Ajuda a regular a pressão arterial 

A erva-doce é uma excelente fonte de potássio, mineral essencial para a regulação da pressão arterial. Este ajuda a equilibrar os níveis de sódio no organismo, promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos e facilitando a circulação sanguínea.

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“O potássio ajuda o corpo a excretar mais sódio na urina. O estudo [publicado no European Heart Journal, periódico da Sociedade Europeia de Cardiologia, em julho de 2022] mostrou que o potássio dietético foi associado aos maiores ganhos de saúde em mulheres. Vale lembrar que o aumento da ingestão de potássio tem sido relacionado também à prevenção de outros riscos cardiovasculares”, acrescenta a nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

O chá de erva-doce auxilia nos sintomas da TPM e menopausa (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A | Shutterstock)

5. Alivia os sintomas da TPM e menopausa

A erva-doce é rica em fitoestrógenos, compostos que ajudam a equilibrar os níveis de estrogênio no corpo. Isso usualmente beneficia mulheres que enfrentam sintomas da TPM (tensão pré-menstrual) e da menopausa, como ondas de calor, alterações de humor, irritabilidade e cólicas menstruais.

“No período menstrual, as contrações uterinas aumentam, justamente para auxiliar na eliminação do endométrio. Para ajudar neste processo, há aumento de mediadores inflamatórios locais, e isso, associado à contratilidade uterina aumentada, pode causar dor do tipo cólica”, explica a ginecologista Dra. Juliana Sperandio, parceira de Pantys, marca de calcinhas absorventes para menstruação, maternidade e incontinência.

Como preparar o chá de erva-doce

Ingredientes

  • 1 colher de sopa de sementes de erva-doce
  • 250 ml de água

Modo de preparo

Em uma panela, coloque a água e leve ao fogo médio para ferver. Desligue o fogo, coloque as sementes de erva-doce em uma xícara e despeje a água quente. Cubra o recipiente e deixe em infusão por 10 minutos. Coe e sirva em seguida.

Consumo da erva-doce com segurança

Embora o consumo de erva-doce se mostre geralmente seguro, grávidas e lactantes devem consultar um profissional de saúde antes da inclusão do chá na dieta devido aos efeitos hormonais potenciais. Além disso, pessoas que estão em tratamento para distúrbios hormonais também precisam buscar orientação médica. Ademais, o consumo excessivo é capaz de causar dores de estômago e náuseas. 

“É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades”, explica Ariane Braz A. C. Brasil, nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos.