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3 dicas para não cair em golpe de vaga e entrevista de emprego

Golpistas se aproveitam do sonho dos trabalhadores por uma vaga de emprego para enganá-los (Imagem: fizkes | Shutterstock)

Conquistar uma vaga de emprego é um dos sonhos entre os mais de 8,6 milhões de brasileiros desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, essa tarefa pode ser um tanto quanto desafiadora, principalmente quando há a possibilidade de se deparar com golpes de entrevistas de trabalho.

“Os golpistas têm refinado os elementos para enganar os candidatos, com o uso inapropriado da imagem de empresas, como logotipo e timbragem, para dar a sensação de veracidade. Com isso, eles tentam se aproveitar dos indivíduos para extorquir significativas quantias”, explica Andréa Felgueiras, gerente executiva de Marketing no ManpowerGroup Brasil, empresa especializada em recrutamento e seleção.

Pensando nisso, a especialista elenca 3 dicas essenciais para ajudar a identificar e não cair em golpes de vagas e entrevistas de emprego. Confira!

1. Não pague nada

A especialista explica que, geralmente, os golpistas afirmam ser necessário pagar para fazer um exame admissional ou toxicológico antes de efetuar a “contratação”, o que não é verdade. Essa artimanha é uma das mais comuns: eles entram em contato via SMS ou por aplicativos de mensagens e iniciam uma conversa com a vítima. Depois, afirmam que o candidato foi aprovado e que é necessário pagar um exame para a admissão. Após o pagamento do suposto exame médico, normalmente via PIX, o falso recrutador some e o profissional descobre que caiu em um golpe.

“Esse é um ponto de atenção importante por dois motivos. Primeiro, não se é aprovado em nenhuma vaga sem fazer uma entrevista ou qualquer outra forma de seleção. Segundo, os custos desses exames costumam ser das empresas, e não do novo colaborador”, explica Andréa Felgueiras.

Mulher de cabelo liso usando óculos sentada em frente a um notebook mexendo no celular
Consultar o perfil das empresas na internet é uma estratégia eficaz para evitar cair em golpes (Imagem: Dean Drobot | Shutterstock)

2. Verifique se a vaga é verdadeira

Pesquise sobre a vaga no portal e nas redes sociais da empresa. Se o golpe já é recorrente, muitas vezes há um alerta fixado nas páginas da companhia; portanto, vale ficar de olho nos perfis. “Recomendamos certificar-se de que a vaga é verdadeira até mesmo antes de preencher qualquer formulário com dados pessoais, uma vez que os golpistas também podem fazer o uso indevido dessas informações”, orienta a especialista.

Segundo ela, ainda assim, é necessário atenção, pois os golpistas também podem fazer uso das informações e imagens dessas plataformas. “Em caso de dúvidas, peça para o recrutador enviar um e-mail e verifique se domínio do endereço é, de fato, da empresa. Outra opção é enviar uma mensagem nos canais oficiais da contratante para se certificar da existência da posição, informações do processo seletivo e até mesmo a identidade de quem fez a abordagem”, acrescenta.

3. Pesquise o local da entrevista

Andréa Felgueiras entende que a expectativa por uma recolocação pode comprometer um pouco a atenção do candidato durante a busca por emprego. Ela reforça que as pessoas devem tentar manter a calma e se atentar aos detalhes.

“Os golpistas usam fotos de recrutadores existentes e trazem informações reais sobre a empresa com objetivo de confundir as vítimas. Caso peçam para ir até o local da entrevista, pesquise o telefone oficial da empresa, ligue antes e pergunte sobre o processo seletivo. Esse contato vai ajudar a entender se de fato está acontecendo uma triagem para a seleção de funcionários da empresa naquele endereço”, finaliza.

Por Ludmila Andrade