Nas Olimpíadas de Paris 2024, Rebeca Andrade e a equipe conquistaram um bronze inédito na final da ginástica artística por equipes. Nas classificatórias, a campeã olímpica garantiu vaga para cinco das seis finais possíveis, que serão disputadas nesta quinta-feira (01).

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Com uma carreira marcada por grandes conquistas e superação, ela conquistou o mundo com sua determinação, carisma e talento, tornando-se a primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica na ginástica artística e a segunda mulher negra a conquistar o título mundial na modalidade.

Abaixo, confira 10 curiosidades sobre a grande ginasta brasileira Rebeca Andrade!

1. Origem humilde 

Rebeca Andrade é natural de Guarulhos, São Paulo. Ela tem sete irmãos e foi criada pela mãe, Rosa, que trabalhou como empregada doméstica para custear os treinos de ginástica artística da atleta e as despesas da família. A campeã olímpica sempre teve o apoio dos familiares. O irmão Emerson, por exemplo, na época com 15 anos, comprou uma bicicleta para levar a irmã ao ginásio para que ela não deixasse de treinar.

2. Não sonhava em ser ginasta

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Rebeca Andrade nunca sonhou em ser ginasta e revelou isso durante sua participação no programa ‘Faustão na Band’. Ela começou a frequentar o ginásio porque sua tia levava suas primas. “Apesar de gostar, eu nunca virei para a minha mãe e disse: ‘eu quero fazer ginástica’. A minha tia trabalhava em um ginásio e levava as minhas primas para treinar e, como eu era muito levada e gostava de subir em árvores e dar estrelinha, acabei indo também”, disse.

3. Início da vida na ginástica

Rebeca Andrade entrou para a ginástica aos 4 anos em um projeto social da prefeitura de Guarulhos. Com seu talento, ganhou o apelido de ‘Daianinha de Guarulhos’, em referência à ginasta Daiane dos Santos, de quem é fã. Atualmente, além da sua atuação no grupo brasileiro, a estrela olímpica faz parte do time de ginástica do Flamengo. 

4. Profissional desde criança 

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Aos 10 anos, Rebeca Andrade saiu de casa e se mudou para Curitiba, no Paraná, para treinar profissionalmente. Em entrevista à revista Forbes, ela conta que, apesar da distância, a mudança não foi tão brusca, pois já morava com os treinadores durante a semana. “Mesmo assim, foi difícil saber que eu não veria meus irmãos e minha mãe”, disse. 

5. Lesões

Rebeca Andrade passou por três cirurgias no joelho devido a rompimentos do ligamento cruzado anterior. Por isso, ela ficou afastada de competições em 2015 e 2017. Após um período de recuperação e sessões intensivas de fisioterapia, em 2016, em especial, a atleta retornou e conquistou cinco medalhas na Copa do Mundo de Ginástica.

6. Amor por ginástica e psicologia 

Rebeca Andrade sempre enfatiza a importância da saúde mental no esporte e em sua experiência e carreira como ginasta. Além disso, em meio à rotina diária de treinos, ela encontra uma maneira de conectar suas paixões: ginástica e psicologia. Durante as manhãs, ela se dedica aos treinos da ginástica e, à noite, cursa psicologia.

Rebeca Andrade é a segunda mulher negra a conquistar o título de campeã mundial na ginástica (Imagem: artistic gymnastics | Shutterstock)

7. Segunda mulher negra a se tornar campeã mundial de ginástica

Rebeca Andrade é a segunda mulher negra a conquistar o título de campeã do individual geral em um Mundial. A primeira a realizar esse feito foi a americana Simone Biles. A vitória da brasileira também a marcou como a primeira ginasta sul-americana a receber uma medalha de ouro no individual geral de um Campeonato Mundial.

8. Salto “Andrade”

Rebeca Andrade solicitou o registro de um movimento inédito nas competições de salto, o Yurchenko Triple Twist (YTT). Se ela o executar nos Jogos de Paris, ele será nomeado “Andrade”. Após a avaliação do Comitê Técnico da Federação Internacional de Ginástica (FIG), o salto recebeu um valor de dificuldade de 6.0. O segundo mais alto, ficando atrás apenas do “Biles”, que tem um grau de dificuldade de 6.4.

9. Sucesso com suas performances no solo

O solo de Rebeca Andrade é um momento muito aguardado pelo público. Em 2020, nas Olimpíadas de Tóquio, ela se apresentou com uma versão instrumental da música “Baile de Favela” do MC João. Neste ano, em Paris, a campeã olímpica trouxe um mix com as músicas “End of Time” de Beyoncé e “Movimento da Sanfoninha” de Anitta, garantindo uma vaga na final da modalidade.

10. Conquistas olímpicas

A ginasta brasileira tem feito história nas Olimpíadas. Em 2020, em Tóquio, ela se tornou a primeira brasileira a ganhar uma medalha olímpica na ginástica artística e a primeira a conquistar duas medalhas na mesma edição dos jogos. Isso porque recebeu a medalha de prata no individual geral e a de ouro no salto.