Um novo estudo publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, descobriu que a suplementação da dieta com vitamina D atuou como um preventivo e atenuante para quem pegou Covid. Quem tomou a vitamina teve uma redução de 20 a 28% no risco de se infectar. Já entre os que se infectaram, o risco de morte no mês seguinte foi reduzido em 33%, caso o suplemento fosse na versão D3 (de origem animal) em vez de D2 (de plantas).

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Dois meses de suplementação anterior, no entanto, são necessários para os níveis no organismo se elevarem. De acordo com os pesquisadores, se a vitamina D tivesse sido recomendada para toda a população americana em 2020, 116 mil mortes teriam sido evitadas nos Estados Unidos.

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O estudo tomou cuidados metodológicos para que os efeitos da vitamina D não fossem confundidos com imunidade natural por infecção prévia e outros comportamentos de cautela, como uso de máscaras. A fonte dos dados foi um banco de veteranos militares dos Estados Unidos: 220 mil tomaram vitamina D3, 35 mil tomaram D2 e 408 mil não tiveram suplementação — foram o grupo controle, para comparação.

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Os autores, liderados por Robert D. Gibbons, do Departamento de Medicina da Universidade de Chicago, comentam que seus resultados corroboram um estudo anterior da Andaluzia, no sul da Espanha, que também observou a redução de 33% na mortalidade por Covid-19 com a suplementação de vitamina D. No caso dos espanhóis, a suplementação foi prescrita 15 dias antes da hospitalização e foi de calcifediol em vez de D3.

Vitamina D e cor da pele

A vitamina ocorre em baixas quantidades nos alimentos. Por isso, é importante o contato com a luz solar para a produção de mais D3, a partir de um derivado do colesterol na pele. É o papel benéfico dos raios ultravioletas. Há três séculos, foi descrito o raquitismo, problema nos ossos que ocorre pela deficiência da vitamina. Também são conhecidos efeitos psicológicos da deficiência da molécula, como a depressão.

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O banho de sol é tão importante que é a explicação para o surgimento da pele clara em humanos. Originalmente de pele escura, ao ocupar regiões mais próximas do polo norte os seres humanos sofreram com a falta de vitamina D, diante de uma incidência de luz solar menor. Entre a prole, portanto, os filhos com peles mais claras (que barram menos os raios UV) produziam mais vitamina D naturalmente e eram mais saudáveis, tendo mais chances de sobreviver na região e deixar descendência.

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Com o passar das gerações e a repetição desse processo, a pele branca surgiu ao menos duas vezes no ser humano: na Europa e na Ásia setentrionais. Nas latitudes baixas, próximas da linha do Equador, é o contrário: a incidência de raios UV é alta, e pessoas mais claras não têm vantagem, pois têm risco aumentado de câncer de pele, causado pelos mesmos raios solares.

Como as peles mais escuras têm mais dificuldade de produzir vitamina D de forma natural, previsivelmente, o estudo com os veteranos americanos descobriu que os negros foram ainda mais beneficiados com a suplementação de vitamina D que os brancos. A redução no risco de infecção nos negros foi de 29%, enquanto nos brancos foi de 18%.

Os níveis sanguíneos mais altos da vitamina também foram associados a reduções maiores de risco. Entre pacientes que estavam com níveis baixos de vitamina D e receberam a prescrição de suplementar com a dose diária máxima de 50 mil UI [unidades internacionais], a redução nos riscos de pegar Covid foi a maior registrada pelo estudo: 49%.

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Os autores sugerem que seus resultados sejam testados por estudos em que as pessoas sejam postas em cada grupo de tratamento ou não tratamento por sorteio, o que acrescentaria rigor. “Os médicos poderiam considerar a prescrição regular de vitamina D3 a pacientes com níveis deficientes para protegê-los contra a infecção com Covid-19 e a mortalidade relacionada”, comentam no artigo. “A dose de 50 mil UI” diárias, concluem, “pode ser especialmente benéfica”.

O que??

Que absurdo é esse?? Carne de Onça e Barreado entre as piores comidas??

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