Condição severa

Síndrome do coração partido: a doença rara de quem perdeu um grande amor

Foto: Freepik.

Com a chegada do Dia dos Namorados, um período marcado por manifestações de amor e companheirismo, é importante também falar sobre um lado menos conhecido das emoções intensas: a Síndrome do Coração Partido. Esta condição, muitas vezes confundida com um infarto agudo do miocárdio, é desencadeada por eventos de grande estresse emocional, como a perda de um amor.

A Síndrome do Coração Partido, ou cardiomiopatia de takotsubo, foi descrita pela primeira vez no Japão nos anos 1990. “Esta síndrome ocorre devido a uma descarga abrupta e transitória de adrenalina, que causa um espasmo nas artérias coronárias”, explica o Dr. Everton Dombeck, diretor clínico do Hospital Cardiológico Costantini, de Curitiba. “Isso leva a uma obstrução temporária do fluxo sanguíneo para o coração, causando sintomas que imitam um infarto, como dor no peito, falta de ar e mal-estar”, completa.

Estatísticas mostram que cerca de 90% dos casos ocorrem em mulheres na pós-menopausa, acima dos 50 anos. “A prevalência em mulheres pós-menopausa sugere uma relação com a queda nos níveis de estrogênio, que pode aumentar a vulnerabilidade ao estresse emocional”, afirma a Dra. Fernanda Rachel Tavares, cardiologista do Hospital Costantini. Ela acrescenta que “a condição, apesar de temporária, pode ser bastante severa, exigindo tratamento clínico semelhante ao de insuficiência cardíaca e, muitas vezes, suporte psicológico para manejo do estresse”.

Os sintomas dessa síndrome são muito similares aos de um infarto agudo do miocárdio, incluindo alterações no eletrocardiograma e nos marcadores de necrose do músculo cardíaco. No entanto, ao realizar um cateterismo cardíaco, não são encontradas obstruções nas artérias coronárias. “O que observamos é uma diminuição importante do fluxo sanguíneo e alterações na mobilidade das paredes ventriculares”, detalha o Dr. Dombeck.

Além do tratamento médico, que inclui medicações e cuidados intensivos, o acompanhamento psicológico é crucial. “A gestão do estresse emocional é fundamental para a recuperação. Em muitos casos, a função cardíaca se normaliza dentro de algumas semanas”, destaca a Dra. Fernanda. Ela enfatiza que “a conscientização sobre esta condição é importante, especialmente em datas como o Dia dos Namorados, onde as emoções estão à flor da pele”.

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