Dados do Ministério da Saúde apontam que os casos de sífilis no Paraná tiveram um aumento de 14.114%, entre 2010 e 2015. A sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) capaz de infectar praticamente todos os órgãos e tecidos, provocando as mais variadas manifestações clínicas. “Altamente transmissível e ainda sem vacina, a sífilis tem tratamento e cura, mas, para isso, é necessário o diagnóstico precoce”, alerta o diretor médico da Unimed Laboratório, Mauro Scharf.
O diagnóstico da doença é sempre clínico-laboratorial. “O diagnóstico laboratorial da sífilis é baseado em exames de microscopia e exames sorológicos. Os exames devem ser solicitados pelo médico após a avaliação clínica”, orienta o médico.
De acordo com os dados do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais (DIAHV), em cinco anos foram registrados 9.037 casos de sífilis adquirida no Paraná. Em 2010, primeiro ano da análise, foram 29 notificações. Em 2015, o número subiu para 4.122, um aumento de 82,1% na comparação com 2014, com 2.264 notificações.
O principal motivo para esse aumento de notificações para a doença é o descuido da população, especialmente aquela que apresenta comportamento de maior risco — jovens com idade entre 18 e 23 anos. “Entretanto, a sífilis e outras DSTs também têm acometido cada vez mais pessoas na terceira idade. Com a melhoria da qualidade de vida e sexual na velhice, o grupo torna-se vulnerável a estas doenças. Infelizmente, muitas vezes os idosos não procuram orientação por receio de julgamento.”
Causas
A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.
Só é contagiosa nos estágios primário e secundário e, às vezes, durante o início do período latente. Raramente, a doença pode ser transmitida pelo beijo, mas também pode ser congênita, sendo passada de mãe para filho durante a gravidez ou parto.
Complicações da sífilis
As complicações da sífilis surgem principalmente em pacientes com sistema imunológico enfraquecido ou que não fazem o tratamento adequado. As mais graves são meningite, hepatite, deformidade das articulações e paralisia.
Como diagnosticar a sífilis
O médico deve observar a região íntima da pessoa e investigar se ela teve contato íntimo sem camisinha. Se não houver nenhuma ferida da região genital, nem outras partes do copo o médico pode solicitar exames laboratoriais que identificam a bactéria no organismo.
Tratamento
A sífilis tem cura e pode ser tratada com injeções de penicilina, mas seu tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo.