Cuidado especial

Proteja a pele no inverno: dermatologista indica os principais cuidados

Imagem mostra mulher passando creme nas mãos
Foto: Depositphotos

O inverno chegou e, com ele, situações que vão além apenas das temperaturas baixas. A estação exige cuidado especial com a pele, devido aos diversos sintomas e enfermidades que o frio pode causar. Ressecamento, inchaço e falta de vitaminas são algumas destas reações.

Especialmente neste ano, o inverno tem se caracterizado por ser mais rigoroso e com frentes frias mais frequentes. Em Curitiba, por exemplo, dados do Simepar indicam que, na primeira semana de julho, a cidade permaneceu com temperaturas abaixo de 10°C por aproximadamente três dias. Da mesma forma, cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul também enfrentam uma onda mais intensa de frio, com algumas regiões marcando temperaturas abaixo de zero.

Médica e professora da Afya Educação Médica em Curitiba, Silvia Maria Nascimento Ferreira aponta que o inverno é uma estação ligeiramente sensível a pele, tanto pelo frio quanto pelo comportamento que as pessoas manifestam a partir dele. A profissional deu algumas dicas de como cuidar da pele no período. Confira:

Por que o inverno pode ser considerado uma estação sensível para a pele?

“O inverno é uma estação que combina temperatura baixa, ar seco e vento gelado. Além da diminuição natural da hidratação que essa combinação traz, a pele sofre com os banhos mais quentes e demorados que as pessoas tomam, pois isso diminui, além do normal, a gordura natural que está ali, provocando ressecamento e até dermatites, que são as inflamações da pele”.

Quais são os principais efeitos que a falta de exposição ao sol e a temperatura baixa causam na pele?

“A estação também faz com que as pessoas não se exponham tanto ao sol, o que impede a formação de vitamina D que essa exposição traz e que é fundamental em vários processos da pele e do organismo. Para quem já possui algumas condições especiais de pele, elas podem piorar com a combinação de frio e falta de exposição ao sol, entre elas a dermatite atópica, a psoríase e a rosácea”.

Existem grupos de pessoas que devem ter um cuidado maior com a pele nesse período?

“Crianças e idosos tem maior tendência à desidratação da pele; idosos por já terem uma pele naturalmente desidratada e as crianças porque ela é mais fina e perde água mais facilmente. Também precisam reforçar a hidratação quem faz tratamentos mais agressivos, como quem faz uso isotretinoína, peelings e lasers, porque essas intervenções comprometem a barreira cutânea”.

Para quem quer começar a se prevenir contra esses efeitos, quais seriam as medidas mais eficazes?

“Independentemente de a pele ser seca ou oleosa, é importante procurar por um hidratante adequado, com orientação médica, e passá-lo ao menos duas vezes ao dia. É recomendável que sejam produtos à base de ureia, ácido hialurônico, glicerina, pantenol e ceramidas, preferencialmente que não tenham cor ou cheiro, pois isso pode causar irritação”.

E quem já está sofrendo com estes efeitos, quais seriam os tratamentos mais indicados?

“Se possível, evitar banhos quentes muito demorados, não deixar de usar protetor solar (a radiação ultravioleta também está presente no inverno), beber mais água, e proteger regiões mais sensíveis, como lábios, rosto e mãos, com hidratantes específicos para essas áreas. Naturalmente, o uso de blusas, luvas e cachecóis protegem do frio e evitam a exposição ao vento”.

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