Risco da ômicron

Ministério da Saúde reduz de 5 para 4 meses intervalo de dose de reforço contra Covid

Foto: Daniel Castellano / SMCS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou neste sábado (18) a redução do intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 de cinco para quatro meses. Segundo ele, o objetivo é ampliar a proteção contra a variante ômicron.

“A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, afirmou em seu perfil oficial de rede social.

O ministro informou que a portaria com a modificação será publicada na próxima segunda-feira (20).

LEIA TAMBÉM:

>> Aplicada em 40 milhões de brasileiros, Coronavac não será mais comprada

>> Gripe se espalha em epidemia e nova cepa da Influenza coloca especialistas em alerta

“Informem-se sobre o calendário vacinal de seu município e veja se já chegou a sua vez”, postou.

A decisão da pasta representa recuo após polêmicas sobre a eficácia de antecipação da terceira aplicação da vacina contra Covid.

A redução do prazo para a aplicação da dose de reforço era uma demanda dos governos estaduais. Em reunião com o ministro no início do mês, os secretários de saúde pediram que o intervalo fosse reduzido para quatro meses.

Logo depois, em 2 de dezembro, o governo de São Paulo anunciou diminuição do período para quatro meses para quem tomou as duas doses de Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, com qualquer idade.

Na ocasião, a justificativa era frear a transmissão da variante ômicron, especialmente com a proximidade das festas de fim de ano.

O intervalo de quatro meses é contado a partir da data de aplicação da segunda dose.

Após o anúncio do governo de João Doria (PSDB), membros do Ministério da Saúde afirmaram que a pasta não pretendia recomendar a redução do intervalo de doses de cinco para quatro meses por não haver benefícios comprovados.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chegou a pedir que São Paulo reavaliasse a medida, mas o governador do estado, João Doria (PSDB) anunciou que a decisão estava mantida.

A agência argumentou não ter recebido ou avaliado dados que “sustentem o uso seguro e generalizado de doses de reforço no intervalo de 4 (quatro) meses para todas as vacinas autorizadas e em uso no Brasil”.

Na ocasião, infectologistas afirmaram não haver dados que embasassem a redução do intervalo da dose de reforço em São Paulo —medida tomada em meio aos registros dos primeiros casos da variante ômicron, potencialmente mais transmissível e com maior risco de reinfecção, em comparação a cepas anteriormente identificadas.

A variante ômicron foi identificada e registrada pela primeira vez na África do Sul em novembro deste ano. Ela já percorreu ao menos 77 países, inclusive o Brasil, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

A nova cepa foi classificada por especialistas como preocupante pela velocidade de disseminação.

Mais cedo, Queiroga ainda disse que a pasta decidiu estabelecer um procedimento mais longo para autorizar a imunização de crianças de 5 a 11 anos e só vai anunciar a decisão sobre o assunto em 5 de janeiro, apesar da autorização da Anvisa para a vacinação deste grupo.

Segundo o ministro, o prazo mais extenso é importante por se tratar de um “tema sensível”.

A Anvisa, através de uma decisão de uma gerência própria, incluiu a vacina da Pfizer para aplicação em crianças na faixa etária entre 5 e 11 anos”, disse. Mas, segundo Queiroga, a “introdução desse produto no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada” do ministério.

Em sua avaliação, só a autorização da Anvisa não era suficiente para que a vacinação fosse colocada em prática.

Na última quinta-feira (16), a Anvisa autorizou o uso do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Até então, as doses da fabricante só podiam ser aplicadas no país pessoas acima de 12 anos.

O início da vacinação desse grupo, contudo, não começou imediatamente porque o Ministério da Saúde ainda não solicitou a compra de doses específicas para a faixa etária. A previsão é imunizar 70 milhões de crianças.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que é crítico da vacina contra a Covid e tentou barrar a imunização de menores de 18 anos, afirmou nesta quinta que pretendia divulgar o nome dos técnicos “para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e obviamente forme seu juízo”.

Pelo menos duas ameaças foram enviadas à Anvisa contra diretores e técnicos do órgão de grupos contrários à vacinação das crianças. No primeiro caso, o autor foi identificado e levado a depor.

Os responsáveis por aprovar a vacinação de crianças repudiaram qualquer tipo de ameaça.

Moema tenta convencer Rudá a ficar no Brasil
Mania de Você

Moema tenta convencer Rudá a ficar no Brasil

Clarice sente dor de cabeça
Garota do Momento

Clarice sente dor de cabeça

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna