De 2015 para 2016, cresceram 42% as doações de órgãos no Paraná. Este ano, já se percebe novo aumento. Conforme a médica diretora do Sistema Estadual de Transplantes, Arlene Badock, o Paraná possui uma média de 37 doadores para cada grupo de um milhão de habitantes. Essa é a média europeia de transplantes. Já o Brasil, como um todo, possui média de 16 doadores para cada milhão de habitantes.
Arlene mostra que o aumento vem por causa de vários fatores. O primeiro deles é das campanhas de conscientização, que pedem para que as famílias conversem pelo assunto e que os doadores manifestem, ainda em vida, sua decisão. Outro fator é o trabalho que a Central de Transplantes tem feito com as equipes que atendem situações críticas nos hospitais, de identificar potenciais doadores de também humanizar o atendimento aos familiares dos doadores.
A logística do transplante (retirada do órgão, transporte e transplante) no Paraná é umas das mais rápidas do Brasil. “Se precisar, temos transporte aéreo à disposição. São órgãos públicos, como Casa Militar, Polícia Rodoviária, entre outros, que nos dão prioridade de atendimento. A humanização do atendimento nos hospitais é primordial, em acolher as famílias, dar toda a informação, em tempo real, ser rápido e resolutivo. Se não tiver tudo isso, a família tende a ficar desgostosa com o processo e desiste da doação. Sem contar a desinformação de muitas famílias, que não sabem que podem ser doadoras. Nossas equipes são preparadas para dar informação de qualidade”, analisa Arlene. Este ano, até 25 de setembro, a Central de Transplantes já intermediou 580 transplantes.
Segundo a diretora da Central de Transplantes, o consolo é bem melhor e mais rápido entre famílias que optaram pela doação. Como forma de agradecer a atitude, a Central de Transplantes fará nesta quarta-feira, às 10h, no Salão de Atos do Parque Barigui, uma homenagem a 100 famílias que autorizaram a doação de órgãos de seus familiares. (GU)