Depois da queda das doações de órgãos devido ao período agudo da pandemia, os números de transplantes no Brasil começam a se recuperar. Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), entre janeiro e junho de 2022 foram doados no País 3.677 órgãos, sendo 1.007 fígados.
No mesmo período, no Paraná, foram 588 notificações de possíveis doadores. Dessas, 61% eram de não doadores. E outros 169 resultaram em transplantes. A expectativa é que os números melhorem no segundo semestre, terminando o ano com taxas de doação e transplante próximas às de 2019. Isso porque, no Brasil, as taxas de notificação de potenciais doadores (59,4 pmp), de doadores efetivos (15,4 pmp) e de efetivação da doação (28%) foram superiores às obtidas no primeiro semestre de 2021.
Para marcar o Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos, o Instituto para Cuidado do Fígado (ICF), que presta atendimento voluntário em Curitiba (PR), fez uma ação para mostrar a importância da doação em todos os sentidos. Foi nesta quinta-feira (Dia Nacional de Doação de Órgãos), das 9h às 15h, no Sesc da Esquina (Rua Visconde do Rio Branco, 969).
Várias entidades apresentaram seus trabalhos em tendas montadas no estacionamento do Sesc da Esquina. Foi possível fazer cadastro para doação de medula óssea e entregar mechas de cabelo para confecção de perucas.
São parceiros da ação: Fecomércio PR, SESC, Senac, Hemepar, LIGH – UFPR, Conscientizar + Erasto Gaertner; Épicos – Centro de Educação Profissional, Atitude na Cabeça, União AnimAU, Projeto Ajudei, Amigo Bicho, Meu Transplante Rim e TIA (Terapia Intensiva de Amor).
Doação de órgãos
Para ser um doador, basta avisar a família e, por isso, mesmo, o Instituto para Cuidado do Fígado criou um filtro no Instagram, incentivando esse diálogo e a expressão da vontade em vida. Um deles é um balão de pensamento com a frase “Família, eu sou doador de órgãos”. No outro, um coração com a mensagem “Eu digo sim para a doação de órgãos”. E ainda a imagem de um coração repleto de órgãos com o slogan “Doar órgãos é um gesto de amor”. Para usar o filtro, basta clicar em https://www.instagram.com/ar/1252830862195695
Vale lembrar que o doador vivo pode doar um rim, medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue); parte do fígado (em torno de 70%) e parte do pulmão (em situações excepcionais). Já um único doador falecido pode salvar mais de oito vidas, podendo doar coração, pulmão, fígado, os rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.
Para entrar na lista de espera de transplante, o médico do paciente precisa cadastrá-lo na lista única. Os receptores (pacientes que estão na fila) são separados de acordo com as necessidades e conforme o órgão que necessitam, tipos sanguíneos e outras especificações técnicas.
Desde 2015, a equipe do Instituto para Cuidado do Fígado (ICF) é a responsável pelo serviço de transplantes hepáticos do Hospital do Rocio, em Campo Largo (PR). Além disso, há 12 anos, atende gratuitamente pacientes com problemas hepáticos, orientando desde o diagnóstico das doenças do fígado até o término do tratamento, seja ele tomando remédios ou realizando um transplante.
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