Nas últimas semanas, tem sido comum encontrar alguém espirrando ou tossindo na rua, no transporte público, no trabalho ou em estabelecimentos comerciais. Com as frentes frias recentes e a grande amplitude térmica, muitas pessoas têm apresentado quadros gripais, virais, de resfriados e até de doenças crônicas respiratórias agravadas.

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O número é tão significativo que se assemelha aos índices do inverno, estação do ano mais crítica para o desenvolvimento dessas patologias. É o que afirma o otorrinolaringologista Rodrigo Miranda, do Hospital IPO, em Curitiba.

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“O fluxo de pacientes com doenças respiratórias atendidos no hospital se manteve alto até agora, em pleno novembro. Ainda estamos com um padrão de inverno. Em outros anos, era comum perceber um declínio a partir do mês de setembro”, comenta o médico.

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De acordo com o especialista, o sistema respiratório é o mais afetado pelas mudanças bruscas de temperatura. As oscilações entre o frio e o calor em poucos dias, além da baixa umidade, fragilizam as vias respiratórias e favorecem a proliferação de agentes agressores, como alérgenos, bactérias e vírus, caso da Covid-19.

Além de manter hábitos saudáveis em relação à alimentação, sono e prática de atividades físicas, é importante adotar algumas medidas preventivas para reduzir a proliferação de doenças contagiosas. Segundo Miranda, os aprendizados da pandemia são valiosos neste momento.

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“Usar máscaras em ambientes fechados, com aglomeração de pessoas e, principalmente, quando você está doente é uma questão de consciência social”, alerta. “Outra dica importante é a manutenção da hidratação das vias aéreas, com o consumo regular de água durante o dia e o uso contínuo de soro fisiológico nasal”, recomenda, pois como ressecamento da região nasal favorece a instalação de agentes agressores, apostar na hidratação é uma forma de evitar contaminações, alergias ou infecções.

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Aos pacientes que têm doenças respiratórias crônicas, vale reforçar a atenção e manter acompanhamento rígido e contínuo com médico especialista, focando especialmente na prevenção de eventuais exacerbações ou crises. Já para evitar o contágio pelo SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, manter o esquema vacinal completo é fundamental.

“A vacinação, o uso de máscaras e os demais cuidados preventivos diminuem os riscos de contaminação e também reduzem a transmissibilidade e propagação do vírus”, finaliza Miranda.

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