A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição de massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas. No Brasil, 2,4 milhões das fraturas são causadas pela osteoporose e somam cerca de 200 mil mortes por ano segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
A IOF (International Osteoporosis Foundation) aponta que cerca de 10 milhões de brasileiros têm a doença, porém, apenas 20% estão cientes disso. No Paraná, internações de idosos por quedas subiu 17% em 2022 segundo o DataSus, do Ministério da Saúde. Economicamente, o custo da doença no Brasil é de R$ 1,2 bilhões por ano. As despesas com hospitalização representam R$ 234 milhões e custos cirúrgicos, R$ 162,60 milhões.
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Por ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas aparentes, a osteoporose só é conhecida após o seu agravamento. Os locais mais comuns atingidos são a coluna, o quadril, o punho e o braço. De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em reumatotologia Hélio Takeshi Hashimoto, as fraturas de quadril são as que mais contribuem para os altos índices de mortalidade. “As fraturas, de modo geral, são a complicação mais grave decorrente da doença e ocorrem geralmente em pessoas mais velhas. O ideal é fazer exames preventivos para que ela seja diagnosticada a tempo de evitar as quedas”, complementa.
A osteoporose pode estar relacionada com diversos fatores. Pessoas com histórico familiar de fraturas ou aqueles que possuem doenças graves ou fazem uso de corticoides por longo tempo possuem maior risco para desenvolver a doença. Um dos fatores relacionados à osteoporose nas mulheres, por exemplo, é a menopausa. Neste período, há perda significativa de estrogênio – hormônio que ajuda na fixação de cálcio nos ósseos – causando perda óssea. De acordo com o médico cooperado Unimed Curitiba especialista em endocrinologia e diretor da Unimed Laboratório, dr. Mauro Scharf, ”a reposição estrogênica deve sempre ser avaliada pelo médico
endocrinologista ou ginecologista para se atribuir as diretrizes de tratamento”.
Além do estrogênio, os hormônios como um todo desempenham papel fundamental na saúde do metabolismo ósseo. O paratormônio é um regulador fundamental que estimula a reabsorção de cálcio no intestino, nos ossos e também diminui a eliminação de cálcio pelos rins. “A vitamina D aumenta a absorção intestinal do cálcio e sua indicação deve ser avaliada na redução da perda de massa óssea e incidência de fraturas”, finaliza o endocrinologista.
Prevenção
Segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), a ingestão correta de cálcio, proteínas e vitamina D, a prática de exercícios físicos regulares e evitar consumir bebidas alcoólicas e fumar são hábitos que auxiliam na prevenção da osteoporose.
Hashimoto indica consumir também salmão, atum e sardinha e não abusar do café. A boa notícia é que existe tratamento caso a doença seja diagnosticada.
6 curiosidades sobre a osteoporose:
1) A doença afeta um homem para cada quatro mulheres.
2) O sistema ósseo é renovado diariamente, mas o avanço da idade, queda hormonal,
deficiência de nutrientes como cálcio e vitamina D e fatores genéticos causam o
enfraquecimento dos ossos provocando, desta forma, a osteoporose.
3) Além de promover sustentação ao nosso organismo, os ossos são fonte de cálcio,
substância necessária para a execução de diversas funções como os batimentos
cardíacos e a força muscular.
4) A fratura do quadril ou bacia é mais perigosa, pois resulta em grande morbidade (dor, deformidade e, incapacidade física) e mortalidade. Os pacientes que fazem essa cirurgia apresentam uma redução importante da qualidade de vida e independência.
5) Pessoas que fizeram cirurgia bariátrica têm 30% mais chances de terem osteoporose, dependendo da técnica cirúrgica utilizada.
6) A doença não tem cura e o diagnóstico precoce é feito pela medida da densidade
óssea através do exame de Densitometria Óssea. Esse exame é indicado para todas as mulheres a partir de 65 anos e para todos homens com 70 anos ou mais. As mulheres que já tenham entrado na menopausa e homens com mais de 50 anos que possuam um dos fatores de risco devem buscar o exame para mapeamento, acompanhamento e possível tratamento.