Um sergipano de 21 anos foi morto com dois tiros na madrugada desta segunda-feira (18) na Rua Frei Beda Gavello, no bairro Tranqueiras, em Almirante Tamandaré. José Augusto Cruz morava sozinho em uma casa alugada. Ele foi visto entrar durante a noite e em seguida vizinhos ouviram os disparos.
O rapaz foi encontrado pela manhã, por um vizinho que resolveu entrar na casa para ver se estava tudo bem. O morador entrou e encontrou o jovem morto na cama.
Segundo a polícia, a porta da casa foi arrombada, mas não havia sinais de assalto, já que a moto do rapaz estava dentro da residência. De acordo com a perícia do Instituto de Criminalística, José Augusto levou um tiro embaixo do braço direito e outro na perna direita.
No começo da madrugada, vizinhos viram quando ele chegou a casa. “E ele entrou como se estivesse fugindo de alguém. Chegou correndo na casa e, pouco tempo depois, ouvimos três tiros”, contou uma moradora que não quis se identificar.
A mulher contou que o rapaz era bem pouco visto em casa e não tinha muito contato com os vizinhos. A mesma movimentação foi vista por um amigo do rapaz, que estava com ele pouco antes do crime acontecer.
“Estávamos todos juntos na festa da Igreja de São Cristóvão e lá ele estava bem agitado. Chegou até a empinar a moto e eu disse para a minha esposa que ele iria arrumar para a cabeça, mas não imaginava jamais que algo assim iria acontecer”, contou o rapaz, que também não quis se identificar.
José Augusto trabalhava na Timbu e também entregava pizza à noite. Para o dono da casa onde José Augusto morava, o crime pode ter acontecido por conta de alguma briga que ele se envolveu.
“Ele era um rapaz bom, trabalhava, mas mentia bastante. Não sei se usava drogas, mas era um jovem com problemas”, disse o homem. O proprietário contou que o rapaz veio do Sergipe e estava na cidade há aproximadamente dois anos. “A única coisa que sei sobre ele é de onde ele veio e também que ele dizia mandar dinheiro para a mãe dele todo mês, mas não sabemos sequer o nome dela”.
O corpo do jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e deve ficar lá até ser retirado por um familiar. “Enquanto isso, demos inicio às investigações e vamos tentar descobrir elementos importantes como a motivação do crime, que pode nos ajudar a chegar ao assassino”, disse o delegado Hertel Rehbein.