O ótimo relacionamento que Rosana Beatriz Godoi, 31 anos, mantinha com o marido, o técnico em telefonia Matussalem Alves de Lima, 27, faz ela desacreditar na versão de que ele foi morto porque tinha um caso com outra mulher. Para Rosana, a polícia precisa ir a fundo nas investigações, pois o verdadeiro motivo do crime ainda não foi desvendado.
Matussalem foi morto no dia 22, quando trabalhava num terminal telefônico, no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais. Na última terça-feira, os policiais da delegacia de São José dos Pinhais prenderam o menor que assumiu ter cometido o crime, e Valdecir Pereira, 35, apontado como o mandante do assassinato. Segundo a polícia, ele confessou ter encomendado o crime porque sua mulher, Rosicléia Reis Pereira, 24, estaria tendo um caso amoroso com Matussalem.
Esta declaração chocou a família da vítima e Rosana, que afirma com veemência que este não foi o motivo da morte de seu marido. A mulher, que era casada há seis anos com o técnico, com quem tem um filho de 4 anos, disse que a relação dos dois era estável e que não havia a menor possibilidade dele ter uma amante. "Ele era muito reservado e todos que o conheciam ficaram chocados com essa história, pois nós éramos apaixonados e por isso considerados um casal perfeito. Estávamos construindo nossa casa, tínhamos planos e ele era um pai e um marido perfeito. Além disso, uma mulher sente quando algo está errado no casamento", finalizou Rosana, indignada com a difamação.
Segundo Rosana, seu marido foi morto ao verificar as ligações clandestinas que haviam no terminal telefônico, o que é possível provar uma vez que todos os trabalhos que Matussalem realizava eram anotados em cadernos. A empresa Pampa, terceirizada da Brasil Telecom, por sua vez afirma que a situação no terminal era regular, não havendo "gatos".