Mal desceu do apartamento em que morava, na Rua Desembargador Westphalen, esquina com Avenida Sete de Setembro, Rosane Aparecida da Silva, 21 anos, foi atacada por dois homens. Um deles, nervoso pela reação da jovem – que gritou insistentemente durante a suposta tentativa de assalto – matou-a com um tiro no peito, às 22h de sábado. Os autores, ainda desconhecidos da polícia, fugiram num carro de alto padrão, sem roubar nada.
Dois jovens testemunharam o crime. O primeiro, Rodrigo, contou à Delegacia de Homicídios que conheceu Rosane numa casa noturna da Rua Ubaldino do Amaral. Ela seria garota de programa, segundo registrado na Delegacia de Homicídios. Ambos combinaram um encontro no prédio em que a moça morava, na Desembargador Westphalen. O rapaz ainda foi acompanhado pelo seu amigo Cássio, 20 anos.
Rodrigo desceu de sua Parati, encostou-se na porta e cumprimentou Rosane com um beijo, assim que ela desceu. Neste instante, os dois foram atacados por um homem, enquanto outro, armado, abordava Cássio, que estava sentado no banco direito do carro. “É um assalto!”, teria dito um dos desconhecidos.
Gritos
Apavorada, Rosane deixou cair a bolsa e começou a gritar. Só parou quando um dos bandido acertou-lhe o peito com um tiro. “Ela olhou para mim, falou: “Levei um tiro? e caiu”, contou Rodrigo. O Siate foi chamado, mas não conseguiu salvar a vida da mulher. A Polícia Científica recolheu no local do crime uma cápsula deflagrada de pistola, calibre 9 milímetros. Nenhum pertence das vítimas foi roubado.
Outra testemunha disse que os assassinos correram uma quadra e fugiram num Vectra prateado, modelo novo, quatro portas, estacionado na Avenida Silva Jardim. Um deles foi descrito como moreno, aparentando 23 anos, de 1,75m de altura, cabelos encaracolados e óculos redondos; o outro tinha idade semelhante, era mais alto, mais forte e tinha cabelos lisos. A placa do carro não foi descoberta pela DH, responsável por descobrir se realmente se tratou de tentativa de assalto ou se há outra razão para o crime.
