Morro do Boi

Vítima de abuso não acredita em reviravolta

Apesar da confissão de Paulo Delci Unfried, Monik Pegorari de Lima, 24, insiste em dizer que foi Juarez o responsável por atirar nela e no namorado. A polícia remeteu fotos de Paulo para o hotel em que ela está hospedada, em Brasília, onde faz tratamento de reabilitação.

Para ela, a confissão é absurda. “Pensam que estou louca. Fica ruim para mim. Mas estou convicta que Juarez cometeu o crime. Não esqueço seu olhar. Convivi naquele momento com ele e sei que não estou errada”, afirmou ontem, por telefone.

O pai de Monik, Lourival Pegorari da Silva, reafirmou ao Paraná-Online que os desdobramentos do caso não passam de manobra da defesa. “É muito fácil pegar a arma e passar para outra pessoa”, disse Lourival, sobre o resultado do exame balístico, que comprovou que o tiro que matou o estudante partiu do revólver apreendido com Paulo. No entanto, o delegado Cartaxo afirmou, ontem, que Paulo e Juarez não se conheciam e não tiveram contato.

Reconhecimento

Quase um mês depois do crime, o delegado Cartaxo, responsável pelas investigações, apresentou os argumentos contra Juarez, entre eles o vídeo em que Monik, ainda no hospital, identifica o suspeito, que estava entre outros quatro homens com características físicas semelhantes. “É ele! Pelo amor de Deus!”, afirmou a jovem, na época.

No entanto, os advogados de defesa do preso disseram que Monik não o teria reconhecido na primeira vez, quando lhe foi mostrada uma foto de Juarez. O pai da estudante alega que a fotografia era antiga.

Lanterna

No início das investigações, a estudante também havia reconhecido uma camiseta amarela, encontrada no morro, como sendo a usada pelo criminoso. Ela também afirmou ter sido violentada sexualmente, informação desmentida posteriormente pela própria vítima. Também foi constatado, pelo exame de DNA, que o sangue encontrado na camiseta não era de Juarez.

Ela ainda revelou que o assassino voltou ao morro, por volta das 21h, depois de tê-la baleado, e que portava uma lanterna com a qual ofuscou sua visão. Mas que o reconheceu pela voz. Uma lanterna potente foi apreendida com Paulo, no dia de sua prisão.

(Janaina Monteiro, Fábio Schatzmann, Mara Cornelsen)

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