As visitas coletivas aos detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) começam a ser regularizadas a partir de 12 de junho. O cronograma foi passado aos familiares, para que se organizem em relação às datas. Desde a rebelião ocorrida em janeiro, as visitas foram interrompidas. Outras atividades dos presos voltam gradativamente ao normal.

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“Agora, a visita é somente uma vez por mês e uma só pessoa. Meu filho não vê a filha dele desde dezembro”, reclama Terezinha de Jesus Silva. Seu filho cumpre pena na PCE há dois anos. Um grupo de parentes de presos da PCE se reuniu ontem, com representantes do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen).

O denominado Movimento em Defesa das Pessoas Privadas de Liberdade foi formado após a rebelião e, segundo o Depen, deve continuar sendo um canal de comunicação entre o sistema penitenciário e as pessoas ligadas aos presos.

Segurança

O Depen também confirmou que só o Batalhão da Guarda da Polícia Militar continua na segurança interna do presídio. As sacolas de alimentos, proibidas após o motim, colchões e agasalhos de inverno também foram liberados aos presos nos últimos dias, informam algumas das mães dos detentos.

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Para a advogada Juliana Cabral, do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (Iddeha), que está dando suporte ao movimento dos familiares de presos, representantes do Depen disseram que não há violência. “Mas mães e esposas perceberam hematomas causados por balas de borracha”, diz a advogada. O Depen nega maus-tratos.