Conhecida como uma das regiões mais perigosas de Piraquara, o Jardim Holandês foi novamente destaque negativo no meio policial. Dois homens foram assassinados e um rapaz agredido no fim de semana. Na noite de sexta-feira, Claudemir Ortiz dos Santos, 38 anos, foi morto a tiros. Nas primeiras horas da madrugada de domingo, o padeiro Nilson Alves de Lima, 40 anos, também foi morto. Ainda na madrugada de ontem, um rapaz foi agredido e está hospitalizado.
Só quatro os meses que o ex-presidiário Claudemir conseguiu aproveitar em liberdade. Ele foi fuzilado com oito tiros de pistola 380, na noite de sexta-feira, na Rua Anderson Schaldlich, em frente ao bar que ele atendia com a esposa. A mulher presenciou o assassinato.
Segundo dados levantados pela delegacia de Piraquara, Claudemir e a mulher estavam em frente ao bar, tentando resolver um problema no carro deles, que tinha ficado sem gasolina. Por volta das 20h, um homem chegou a pé, abordou-os e disparou os tiros à queima-roupa. Claudemir foi atingido por três balas nas costas, quatro na cabeça e mais uma na mão, provavelmente tentando se defender. O marginal fugiu a pé. A mulher, que foi poupada pelo bandido, disse à polícia que não sabe quem é o matador.
Claudemir passou 16 anos preso por roubos. Ingressou três vezes no sistema penitenciário e estava em liberdade condicional há quatro meses. Quando ganhou as ruas, foi trabalhar no bar que tinha com a mulher e que ela cuidava enquanto ele estava recluso. A polícia supõe que a vítima saiu jurada de morte da cadeia. A mulher do ex-presidiário afirmou não conhecer motivos para a execução.
Mais um
A violência no Jardim Holandês não parou por aí. No início da madrugada de ontem, o padeiro Nilson foi executado com cerca de 10 tiros de pistola calibre 9 milímetros. O crime aconteceu na Rua Betonex, ao lado da casa onde a vítima morava. Familiares de Nilson não souberam dizer o motivo de tantos disparos e afirmaram que ele não tinha inimizades.
Horas depois, por volta das 2h30, um indivíduo identificado apenas como Lery, 21 anos, foi agredido com golpes de capacete em um bailão no bairro. Ele foi atendido por uma equipe do Siate, na Rua Pastor Adolfo Weidmann, e encaminhado ao pronto-socorro de São José dos Pinhais.