Curitiba e região metropolitana reduziram em 13,9% a quantidade de mortes violentas* ano passado. Considerando-se apenas a capital, a redução foi de 10,2%. Excluindo Curitiba, a queda na região metropolitana chegou a 18,7%. Nos últimos quatro anos, de 2010 a 2013, a redução em toda a grande Curitiba alcançou 26,9%. Apesar do aparente “sossego”, a população se deparou com casos mais violentos que em outros anos, com crimes muito cruéis contra mulheres (Clemans Abujamra, morta com dezenas de facadas no Bigorrilho; Thayná Adriane da Silva, 14 anos, estuprada e morta, encontrada dentro de um poço em Colombo; Bruna Ferreira da Costa Ribeiro, 11 anos, abusada sexualmente e morta pelo primo em Quatro Barras), tortura e corrupção na polícia (caso Thayná, operação Vórtex), cadeias explodindo em arrebatamentos, fugas e rebeliões (fuga em Pinhais, que deixou o superintendente Osmair José Pereira da Silva baleado grave; além de dezenas de outras confusões em delegacias e penitenciárias), entre muitos outros que chocaram a sociedade.
Na capital, o bairro mais violento, como sempre, foi a CIC (75 mortes). Mesmo assim, a quantia foi bem menor que 2012, com 105 vítimas, e que 2010, com 214 homicídios. Ou seja, de 2012 para 2013, a queda foi de 28,5%. Nos últimos quatro anos, o índice despencou 65,4%.
Outro bairro com violência em queda é o Cajuru, que teve 100 mortes em 2010 e 36 ano passado, ou seja, 64% a menos em quatro anos. O Sítio Cercado reduziu em 19,6% suas mortes desde 2010, mas subiu 23,3% de 2012 pra cá. Já o Prado Velho deu um salto de 233% na violência, no último ano.
Mulheres
Homens são a maior parcela das vítimas da violência. Ano passado, foram 1.242 homens, contra apenas 110 mulheres (8,85% do total de vítimas). Ou seja, 11,2 homens mortos para cada mulher. Já em 2012, morreram 9,98 homens para cada mulher (elas foram 9,10% do total de vítimas).
Os dias em que mais ocorreram crimes em 2013 foram os sábados e domingos (37%). O primeiro dia registrou 241 óbitos (18,4%) e, o segundo, 245 (18,7%).
Em 2013, a maioria dos crimes contra a vida (89,4%) foram homicídios (1.208 vítimas). O segundo maior motivo foram confrontos com a polícia (86 casos, ou 6,2% do total). Também ocorreram 25 latrocínios e três infanticídios. 30 casos não tiveram o tipo de crime definido. 1.045 pessoas morreram a tiros, 130 por agressão, 117 a facadas e 17 carbonizados. 16 mortes não tiveram a causa exata apurada.