A violência "corre solta" nas ruas do bairro Parolin, e adolescentes, que acabaram de deixar a infância, estão sendo as principais vítimas. Além do assassinato de Wellington Guimarães da Silva, 14 anos, na madrugada de segunda-feira, dois adolescentes, de 13 anos, foram baleados no bairro, menos de 24 horas depois.
Aparentemente, o motivo do assassinato de Wellington foi dívida com traficantes. Ele foi atacado na Travessa Dois e morreu depois de receber dois golpes de faca e um tiro.
A mãe de Wellington, Solange Guimarães, contou aos investigadores da Delegacia de Homicídios, que Wellington era usuário de drogas e vivia nas ruas, apesar da pouca idade.
Tiros
Por volta das 23h15, também de segunda-feira, socorristas do Siate atenderam três pessoas baleadas na Rua Lamenha Lins, próximo à Rua Plácido e Silva. Duas vítimas tinham apenas 13 anos, e a outra, 27. O que motivou o atentado não foi apurado pelos policiais militares que deram atendimento à ocorrência. De acordo com o sargento Odenir, mais uma vez as testemunhas não quiseram passar informações. Para os policiais foi dito apenas que o autor seria um homem conhecido por "Edivaldo", indivíduo que é apontado como responsável por outras mortes na região.
As vítimas podem ter sido atingidas por balas perdidas, mas isso também não pôde ser confirmado no local.
Os feridos foram encaminhados, pelo Siate, para o Hospital do Trabalhador.
No Parolin prevalece a "lei do silêncio" e os moradores da região não repassam informações sobre os crimes com medo de serem as próximas vítimas.
Três filhos assassinados
A violência contra adolescentes não é nenhuma novidade para os moradores do Parolin. Em fevereiro deste ano, outro garoto de 13 anos foi espancado e estrangulado e o crime permanece sem solução, conforme noticiado pela Tribuna.
A vítima, Luciano Cezar Mendes Marinho, foi assassinado em fevereiro e desovada ao lado do muro de uma residência na Rua Montese, quase esquina com Rua Piauí. Sua mãe, Rosicleia Mendes, no período de oito meses, enterrou seus três filhos, todos assassinados no Parolin.
Em julho de 2005 Johnny Mendes Antônio, 16, foi baleado na Rua Eugênio Parolin. Eram 23h e o adolescente estava no aniversário de um familiar, quando um indivíduo chegou e efetuou vários disparos. Johnny levou três tiros e morreu. Luciana, 21, que seria tia da vítima, também foi baleada no braço e encaminhada ao Hospital do Trabalhador. O autor dos tiros saiu correndo em seguida.
Em agosto, no dia 14, foi a vez de Priscila Eva Mendes, 17, ser encontrada morta. O corpo dela estava em um terreno baldio na esquina das ruas João Parolin e Montese. Ela apresentava sinais de estrangulamento e estava nua da cintura para baixo. A calça jeans e a calcinha que usava estavam jogadas ao lado do corpo. Conforme entrevista dada na época do crime por Rosicléia, mãe das vítimas, Priscila era garota de programa e viciada em crack.
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