O saldo final da rebelião dos internos do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Infrator (Ciaadi) de Foz do Iguaçu, na segunda-feira, foi de um adolescente morto e três feridos.
Eduardo da Silva Vitorino, 18 anos, que estava retido havia um ano por latrocínio e envolvimento com drogas, foi morto a golpes de estoque (faca artesanal) pelos próprios companheiros do Educandário. Segundo a administração do Ciaadi, o jovem já vinha sofrendo diversas ameaças de dentro e de fora da instituição. As causas e os autores da execução ainda estão sendo investigados.
A rebelião no Ciaadi de Foz, que durou quase cinco horas, não teve motivação de fuga, na avaliação da polícia, tanto que os internos não tentaram deixar a unidade. Foram apenas de reivindicações, a principal delas, a transferência de cerca de 12 internos para suas cidades de origem: Curitiba e Londrina. Mas os rebelados também aproveitaram para reivindicar o direito de receber cigarros, o que não é permitido, e maior tempo para visitas e telefonemas.
Ontem, na unidade, foi um dia para se saber sobre a real situação. Praticamente todas as câmaras de segurança, lâmpadas, cadeados, portas e sanitários do setor que liderou a rebelião foram destruídos. No dia da rebelião, havia 113 internos, sendo 48 da ala que se rebelou.
A presidente do Instituto de Ação Social do Paraná, Telma Alves de Oliveira está em Foz do Iguaçu, onde, acompanhada por técnicos da Secretaria, está participando dos trabalhos de avaliação dos danos e de análise do encaminhamento das transferências.
No momento, dez adolescentes que comandaram o movimento, exigindo transferência, foram removidos temporariamente para um setor isolado da penitenciária de Foz do Iguaçu. Ontem, o juiz Rui Muggiati, da Vara de Infância e Juventude teria determinado a transferência dos 10 menores.
