Funcionários de empresas de transporte de valores, liderados pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, fizeram ontem pela manhã um protesto em frente a transportadora TGV/Brinks, em Curitiba. A manifestação lembrou a morte do vigilante João Batista Barbosa, ocorrida no último dia 13 durante uma tentativa de assalto.
Segundo o sindicato, a empresa deu ordem para que o motorista do carro-forte deixasse o local imediatamente. O veículo passou por cima do vigilante, que estava se protegendo da troca de tiros embaixo do carro. Ele morreu atropelado com fraturas no crânio, de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), citado pela entidade.
"O próprio colega passou por cima do vigilante na tentativa de fugir com o dinheiro, cumprindo ordem da direção da empresa", afirmou João Soares, presidente do sindicato.
Soares citou que a empresa informou aos funcionários que o vigilante morreu com um tiro, fato descartado pelo IML. João Batista Barbosa estava trabalhando há 21 dias na empresa, conforme informações do sindicato.
Em contato por telefone com a TGV/Brinks, a reportagem da Tribuna foi informada que alguém da diretoria retornaria a ligação. Até o fechamento dessa edição, porém, isso não aconteceu.