Enquanto esquentava o jantar, a esposa do vigilante João Carlos de Miranda, 41 anos, escutou estampidos, às 23h de sexta-feira. Ela pensou serem bombinhas e não deu importância. Na manhã de ontem, os corpos de João e de seu colega Iraci Batista da Rosa, 52, foram encontrados crivados de balas, próximo a uma das guaritas do Areal Excolin, no Caximba, divisa com Araucária.
Os dois homens trabalhavam juntos no mesmo turno, há cerca de um ano, mas só João morava com a mulher no areal. Os investigadores Sérgio e Emerson, da Delegacia de Homicídios, pouco puderam apurar sobre possíveis motivos da dupla execução. ?A hipótese de assalto está praticamente descartada, pois as vítimas permaneceram com dinheiro e celulares e, da empresa, nada foi levado?, relatou Emerson.
Acredita-se que mais de uma pessoa cometeu o crime pela diferença de calibre das armas usadas. Próximo aos corpos, a Polícia Científica recolheu 11 estojos de projéteis calibre 765. ?Uma das vítimas apresentava um ferimento maior na perna, feito por uma arma de calibre maior?, comentou o policial.
O caso ainda é um mistério. No local comentou-se de uma possível briga que João teria tido em um bar do Jardim da Ordem, Tatuquara. Os investigadores foram até lá, mas não conseguiram confirmar a informação. Como o lugar onde o crime foi cometido é escuro e afastado de outras residências, a polícia espera que denúncias anônimas possam dar pistas sobre o que aconteceu. De acordo com a Delegacia de Homicídios, nenhuma das vítimas tinha ficha criminal.