Noite de fúria

Vigilante surta na troca de turno e mata colega

Armado com o revólver da empresa, o vigilante Bernardo Wrobel, 30 anos, matou a colega de trabalho Gleise Pereira de Moura, 28, e atirou contra outros dois trabalhadores dentro da guarita de uma empresa, na margem da BR-476, na Cidade Industrial. Depois de carregar a arma mais duas vezes, tentou suicídio, mas está fora de risco.

Eram 19h de ontem (15) e Bernardo chegava para assumir o posto de Gleise, que fez o turno da tarde. Policiais militares do 23.º Batalhão, que deram o primeiro atendimento, suspeitam que Bernardo surtou. “Foram mais de dez tiros. Quando o viram matando Gleise, o porteiro e a recepcionista pularam as janelas da guarita. Fugiram enquanto Bernardo continuava atirando, para, em seguida, supostamente, tentar se matar”, descreveu o tenente Osias de Souza.

Raiva

Segundo a polícia, Bernardo descarregou a arma contra Gleise e carregou-a mais duas vezes para atirar contra os outros trabalhadores, que escaparam ilesos. Depois, disparou dentro da boca, mas atingiu somente a língua e parte do rosto. Ele foi socorrido ao Hospital do Trabalhador.

Conforme disseram os policiais, Bernardo era uma pessoa tranquila e não tinha antecedentes criminais. “Aparentemente, o alvo não era somente Gleise. Ele carregou a arma três vezes usando a vasta munição que a empresa deixa na guarita. Ao que tudo indica, queria atingir mais pessoas”, completou Osias.

Colegas contaram que Gleise estava trabalhando na empresa de segurança Poliservice há cerca de 45 dias e tinha recebido o primeiro salário há pouco mais de duas semanas. O marido dela chegou minutos depois e entrou correndo na guarita. Saiu em estado de choque, aparado por amigos. Uma equipe da Delegacia de Homicídios analisou a cena do crime e deu início à investigação.

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