Fralda de segurança

Vigilância flagra crianças amarradas em escola particular de Curitiba

Funcionários da Vigilância Sanitária flagraram crianças, de até 5 anos, amarradas com fraldas de pano a cadeirinhas, em uma escola particular de educação infantil no Uberaba, durante vistoria, na manhã de ontem. A equipe do Conselho Tutelar foi acionada e descobriu que, no momento da inspeção, as crianças estavam sob os cuidados de uma cozinheira e de uma pessoa do setor administrativo.

As mulheres que estavam cuidando das crianças contaram que as amarraram por segurança. “Elas explicaram que amarraram para que os pequenos não caíssem das cadeiras, mas isso não poderia acontecer”, disse a conselheira Maria Teresinha Rodrigues da Silva Giovanella. Segundo ela, as crianças não estavam machucadas, mas estavam assustadas.

Para Maria Teresinha, além de estarem presas, as crianças estavam em condições inadequadas. “Não havia nenhuma estrutura para atendê-las. Crianças pequenas como as que eram atendidas pela escola precisam de atendimento especial e acompanhado. As que encontramos lá não tinham nem profissionais especializados no trabalho”, explicou.

Funcionários

O conselho ficou na escola até o meio-dia, na espera de responsável. “Uma pessoa dizendo ser pedagoga e outra, afirmando ser professora, chegaram à escola e disseram que a professora da manhã não pôde ir trabalhar, mas vamos confirmar até os nomes dos supostos responsáveis”, explicou.

No local estavam aproximadamente 20 crianças. “Segundo os pais que ouvimos, era pago cerca de R$ 550, que variava de acordo com o tempo que a criança ficava no local”. O Conselho Tutelar orientou os pais a retirar as crianças da escolar. “Deixamos claro que o alerta era porque o local não tem profissionais adequados”, disse a conselheira, que explicou que as crianças devem ser encaminhadas aos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba. Relatórios serão encaminhados aos órgãos, como o Ministério Público e a Prefeitura. A escola foi fechada e será acompanhada até a regularização.

De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, a vistoria da vigilância sanitária foi realizada a pedido da própria escola, para mantê-la em funcionamento, mas o Conselho Tutelar afirma que a licença da escola já estava vencida e a vigilância fez uma visita surpresa.

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