A Delegacia de Homicídios ainda tem poucas informações a respeito da morte do vigilante Hostílio Bernardes, 59 anos, no final da noite de quarta-feira, no Batel. Ele foi morto com uma facada profunda no pescoço, no estacionamento do restaurante Dom Gabriel, na Rua Bispo Dom José. Seu corpo foi arrastado, abandonado próximo a uma construção, nos fundos do terreno, e encontrado somente no início da manhã seguinte.
A autoria e a motivação do crime são mistério para a polícia. Hostílio entrava no serviço às 23h e permanecia durante toda a madrugada no estacionamento, sozinho, normalmente sentado em um banco e ouvindo rádio.
Segundo a polícia, sua função era cuidar do local e acionar o alarme do restaurante, que fecha no final da noite. Hostílio não usava equipamentos de segurança, como arma de fogo ou colete balístico.
Escuridão
Sobre o crime há poucas informações, já que o vigia foi esfaqueado na parte de trás do restaurante, em um local escuro e sem visibilidade para a rua. “Ele foi visto pela última vez às 23h30, pelo manobrista que costumava ir embora com o vigia”, disse o delegado Naylor Gustavo Robert de Lima, responsável pelas investigações. As informações são de que o alarme deveria ser acionado à 1h, o que não aconteceu. A polícia acredita que o crime tenha ocorrido por volta de meia-noite.
O delegado trabalha com diversas hipóteses para a motivação do homicídio. “Ele pode ter chamado alguém para o local e se desentendido, ou pode ter morrido ao tentar defender o patrimônio”, contou Naylor. Também não está descartada a hipótese de que Hostílio tenha sido morto por alguém próximo a ele.
Ao que tudo indica, nada foi roubado da vítima. A polícia ouviu os donos do restaurante, que deram boas referências sobre Hostílio. Ele era vigia do estabelecimento desde 2005 e morava em Colombo.