O guardião José Maximiliano de Souza, 77 anos, foi morto num provável assalto, na madrugada de ontem, na CIC. Ele foi encontrado dentro da guarita da empresa Sulbeton, que fabrica concreto, na Rua Engenheiro Sady de Souza, onde trabalhava há 16 anos no turno da noite. A arma e uma pochete com dinheiro do vigilante foram levadas. Há suspeitas de que o caso não se trate só de latrocínio (roubo com morte) e possa estar aliado a alguma vingança.

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O corpo foi encontrado por volta das 8h30 de ontem, na troca de turno. O colega que renderia José viu o portão de pedestres aberto, com o molho de chaves sobre uma mureta. Ele estranhou, pois não havia funcionários na empresa. Logo que se aproximou da guarita, viu o guardião caído na porta e sangue descendo da cabeça dele.

A Criminalística confirmou um tiro à queima-roupa no rosto do vigia e outro no pescoço. Nicacio Santos, genro de José, falou que a empresa vivia sendo assaltada durante a noite, quando não há expediente, mas José nunca foi machucado pelos ladrões. “Os roubos só pararam um pouco nos últimos seis meses, quando instalaram câmeras no local”, disse.

Além da suspeita de latrocínio, uma sobrinha de José levantou a hipótese de roubo aliado à vingança. Ela revelou aos policiais que, na sexta-feira, o guardião havia brigado com um genro. José teria ficado muito nervoso depois que o genro o chamou de vagabundo. Então teria aberto uma pochete e mostrado maços de dinheiro, além de cheques de valores altos, por volta dos R$ 10 mil, afirmando que havia conseguido tudo aquilo honestamente. A polícia deverá chamar este genro à delegacia para que ele dê explicações.

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