Vigarista aplica golpes usando nomes de instituições de caridade

O telefonema de uma gráfica, avisando que o produto encomendado já estava impresso, desmascarou golpes que vinham sendo aplicados por Verenice Alves de Lima, 28 anos, que usava o nome de instituições de caridade para arrecadar dinheiro. Para tornar o seu golpe mais real, ela mandava fazer blocos de recibos, em nome de instituições verdadeiras, emitidos aos doadores.

Quem descobriu a farsa foi Lurdes Santos, presidente da Associação de Amparo à Criança Carente (AACC), de Almirante Tamandaré. Lurdes conta que há mais de um ano vinha recebendo ligações de pessoas que queriam confirmar o destino de sua doação. A presidente ficou ainda mais intrigada quando, há um mês, recebeu a ligação da gráfica, dizendo que o bloco de recibos encomendado estava pronto. "Eles me ligaram porque era o telefone e o nome da nossa instituição que estava no recibo", conta Lurdes, que ao chegar na gráfica, teve certeza de que alguém usava o nome da associação. Ela acionou seu advogado e a polícia, e em acordo com a gráfica, fizeram a "tocaia" para aguardar a estelionatária, presa em flagrante na tarde de ontem.

Na bolsa de Verenice foram encontrados mais cinco blocos de recibos em nome de outras entidades: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae); Lar Amor Real (LAR); Organização de Proteção e Amparo à Velhice; Central de Apoio Paraná – Ação Social 24 horas; e Apoio ao Lar – Meninos do Xaxim (Associação de Proteção e Amparo à Criança – Apac). Também estavam na bolsa mais 25 cadastros de doadores com as datas e quantias das doações, além de um recibo de R$ 100,00, datado de abril de 2004. Ela foi indiciada em inquérito por estelionato, ouvida e liberada no 1.º Distrito Policial (Centro). Verenice não quis conversar com a imprensa.

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