Um casebre de madeira, construído em um terreno baldio tomado por entulhos, na Rua Francisco José Lobo, Xapinhal, Sítio Cercado, foi o cenário de um assassinato durante a madrugada de ontem. Um jovem, identificado apenas como Marcelo, estava caído no chão do barraco e apresentava ferimentos no peito e um corte no pescoço, provocado por arma branca. Policiais Militares do 13.º Batalhão foram acionados às 8h10, mas não conseguiram dados sobre a autoria. Há possibilidade de que um dos freqüentadores do "mocó" seja o autor do crime.
De acordo com Maria Aparecida da Silva, uma das moradoras do barraco, a vítima saiu à noite com uma lata de thíner para a rua, sem especificar o destino. Durante a madrugada, ele retornou ferido e deitou no chão do casebre. "Escutava apenas seus gemidos", disse a mulher.
Ao amanhecer, os três moradores – sendo duas mulheres – perceberam que o rapaz estava morto. "Se não fosse deficiente teria saído procurar ajuda", lamentou Maria. Ela disse aos policiais que, no interior do barraco, não houve nenhuma briga e que Marcelo teria se envolvido em alguma confusão fora. A moradora informou que o indivíduo era viciado em thíner e que tinha o costume de realizar pequenos roubos para sobreviver.
Foi informado ao soldado Marcelino que a família da vítima seria de Fazenda Rio Grande. Sobre a autoria do crime, o policial militar não recebeu maiores informações, entretanto não descartou a hipótese de outro morador do mocó ser o responsável pela morte. No lado externo do barraco não há manchas de sangue, ao contrário do interior da moradia. Essa evidência é discordante da informação dada por Maria, de que a vítima chegou machucada ao local.
A Delegacia de Homicídios é responsável pela investigação.