Os mais de dez anos de vício em crack, agravados por pequenos delitos cometidos para o sustento do vício, terminaram em morte para Paulo Ricardo Adão Martins, 24 anos, na madrugada de sábado.

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Ele esteve preso por cinco anos no regime fechado e, nos últimos cinco meses, permaneceu na Colônia Penal Agrícola cumprindo uma das condenações por furto. Há 15 dias ele evadiu-se e voltou a cometer crimes para conseguir dinheiro para comprar crack.

Por volta das 16h de sexta-feira ele falou com a mãe pela última vez. Por telefone, ela pediu que ele deixasse o padrasto buscá-lo para que ele tomasse um banho, vestisse uma boa roupa e fosse até a delegacia se entregar. Ele disse apenas que preferia morrer na rua a ser assassinado dentro da Colônia, onde recebeu várias ameaças, e desligou.

Horas depois, a mãe recebeu a ligação do proprietário de uma oficina mecânica. O homem relatou que encontrou o celular de Paulo dentro de um carro que teve o aparelho de som e o GPS roubados. Ele avisou a mãe que iria matá-lo caso o encontrasse.

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O corpo de Paulo foi encontrado a 70 metros da Rua Maria Zeneide da Silva, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, zona rural de São José dos Pinhais, por volta de 7h30 de sábado, em um carreiro que dá acesso a uma chácara. Ele foi baleado na cabeça, no braço, no peito e nas costas, e segurava uma bucha de maconha.

Moradores da região relataram para a Guarda Municipal que ouviram disparos à 0h30. Perto do corpo, o perito Elmir Machado do Instituto de Criminalística recolheu uma cápsula de pistola calibre 380. A equipe da Delegacia de São José dos Pinhais investiga qual das ameaças contra Paulo foi a cumprida.

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