O motorista Alexandre Pereira, 27 anos, conhecido pelo apelido de ?Branco?, teve duas grandes chances para largar o vício das drogas e desperdiçou as duas. Ontem, por volta das 21h, ele estava num bar, próximo de sua casa, quando foi chamado na rua, pelo condutor de um Monza prata. Ao se aproximar da janela do carro, foi executado com 12 tiros de pistola calibre 380. O matador foi embora, sem que a placa do veículo fosse anotada.
O crime aconteceu na Rua Paulo Warkoski, Jardim Gabineto, na Cidade Industrial de Curitiba. ?Branco?, apesar de usar drogas há muito tempo, era trabalhador e benquisto por familiares, vizinhos e amigos. Todos costumavam dizer que ele era ?muito boa gente?. Tanto que recentemente seus pais, que moram em São Paulo, o procuraram e pediram para que fosse morar com eles, na tentativa de largar o vício. ?Branco? não quis. Depois disso um amigo soube que ele estava devendo dinheiro para um traficante e, num gesto de solidariedade, pagou a dívida e pediu que ele ?largasse dessa vida?, no sentido de largar as drogas. O rapaz não atendeu o pedido.
Morte
Possivelmente ?Branco? conhecia o sujeito que estava dentro do carro e não titubeou em atender ao seu chamado. Suspeita-se que a vítima fez uma nova dívida com o tráfico e não conseguiu saldá-la, o que lhe custou a vida. Ele era casado e tinha uma filha, mas estava separado da mulher há algum tempo. Depois da separação foi morar no Jardim Gabineto, numa casa na mesma rua onde foi morto.
A Delegacia de Homicídios deverá investigar o caso. Uma pista do assassino foi dada no próprio local do crime, por um rapaz que não quis se identificar, mas garantiu: ?O apelido do matador é Canela?.